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No theatro guardava uma provisão de tortas na copa do chapéo, e ia-as comendo de intervallo a intervallo, fazendo no botiquim unicamente a despeza de um copo de agua. Mas voltando ao Baquet, sahimos de casa para comprar qualquer coisa, e damos comnosco na rua de Santo Antonio. Fazemos a transacção, paramos á porta do theatro a lêr o cartaz, e vemos a passeiar no atrio o snr.

Recordo-me nitidamente dos lances capitaes da peça, sobretudo d'aquelle em que ella degolava Holophernes, o qual Holophernes era o actor Maggioli com barbas de guerreiro. Se o fogo do enthusiasmo pudesse incendiar theatros, o do Baquet teria ardido n'aquella noite.

Ranchos e ranchos, que tinham saido do Baquet no couce da archotada, assistiam gratuitamente a esse ultimo acto d'um espectaculo pago por bom dinheiro. Os estudantes, voz em grita, entoavam o côro do himno: Para a fronte onde o genio rebenta

Passou angustias para se salvar com dignidade do equivoco... Ora são justamente estas peripecias, todas as circumstancias que ahi ficam amontoadas, que dão ao theatro Baquet uma individualidade caracteristica. A telha é muito antiga.

Depois de conhecida a nau e a tripulação, justo é fallar do piloto, que vai tranquillamente encostado á cana do leme, sereno em meio da azafama geral, saboreando-se nos mil accidentes de bordo, como homem que morreria nostalgico se porfiasse a sorte em arrancal-o ao mar. O Palinuro do Baquet é o snr. Antonio Moutinho de Sousa, actual empresario.

Todos queremos ser Antonys, Werthers, Camors, Armandos... Nos bastidores do theatro Baquet levantei eu o altar para o sacrificio do meu coração. Principiei a entabolar relações com os actores comicos, que a gente se persuade estão sempre a rir, e que, por via de regra, são os mais sorumbaticos por fóra, depois com os tyrannos e os galãs.

Um sujeito conhecemos nós que ao sahir uma noite do Baquet metteu a mão no bolço do bournous para tirar a charuteira, e encontrou com grande surpresa uma caixa de prata. então reconheceu haver introdusido a mão no bolso do espectador que vinha a par.

Quando o snr. Moutinho de Sousa, ha pouco tempo, negociava, em Lisboa, actores que preenchessem e aperfeiçoassem a companhia dramatica do theatro Baquet, o snr. Silva, roto saboyardo do escangalhado realejo litterario da Actualidade, escreveu, com o desplante da sua ignorancia impenitente, que a escripturação dos tres indicados actores formava uma agradavel TRILOGIA.

Ha em todos os espectaculos do Baquet digam se não é verdade uma creança que chora: um visinho da esquerda que se oppõe á expansão vocal da creança, e um visinho da direita que proclama alto e bom som a liberdade da larynge. Estas luctas são eterno apanagio do povo.

Vamos agora ao botiquim. O botiquim do Baquet offerece curioso estudo.

Palavra Do Dia

stuart

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