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Habitantes d'uma peninsula á mercê de tantas invasões, raças tão diversas teem pisado este solo, que difficil, senão impossivel, será buscar-lhes a genealogia. Iberos, celtas, tyrios, phenicios, carthaginezes, numidas, berbéres, romanos, godos, alanos, suevos, mussulmanos, e varias hordas de gascões, e borgonhezes, afóra aragonezes, asturianos, e gallegos sulcaram este solo sagrado.

Os genovezes, os lombardos, os aragonezes, os mayorquinos, milanezes, corsos, biscainhos, gentes de tão variadas partes de toda a Hespanha e das costas circum-mediterraneas fixavam-se em Lisboa a commerciar. Pelo Tejo saíam cada anno para cima de doze mil tonneis de vinho, sem contar o dos navios da segunda carregação, em março. Os navios eram maiores e tinham coberta.

Até o fim do seculo XVI artistas portuguezes, leonezes, castelhanos, valencianos, aragonezes, catalães, asturianos, tivemos um ideal commum nas letras, na architectura, na esculptura, na pintura, nas artes sumptuarias e nas artes industriaes, celebrando identicos feitos de guerra, de religião e de amor, servindo reis do mesmo sangue, heroes das mesmas aventuras, santos e santas da mesma invocação popular.

Estava, pois, assente, confirmado e umas poucas de vezes jurado, que dentro em pouco, o tempo necessario apenas para chegar de Roma a Dispensa Pontificia, se ultimaria o casamento de Dom Fernando com a filha do Rei de Aragão, a Infanta Dona Leonor, iniciado na Igreja de São Martinho de Lisboa, e que o Bastardo de Castella se acharia mettido entre dois fogos, tendo necessariamente de acudir á sua fronteira de leste, invadida pelos aventureiros aragonezes ao soldo de Portugal.

Aquillo era uma raça que não podia estar quieta. Emquanto jogavam as cristas com os visinhos, ía tudo bem, mas depois? Os aragonezes viravam-se para Italia, os castelhanos tinham os mouros granadís, nós o que tinhamos? Os mouros de Marrocos e as ondas do Oceano. Pois foram as ondas e os mouros que pagaram as favas. D. João I tomou Ceuta, e D. Henrique, seu filho, deliberou tomar o desconhecido.

Os leonezes viviam todos da cultura do sólo. Sustentam com as suas pastagens tão afamadas os numerosos rebanhos que os seus pastores obrigam a emigrar, durante o inverno, para as grandes terras da Extremadura. Mostraram-se, por vezes, ciosos das liberdades publicas, e uniram-se aos castelhanos, quando estes se ergueram para defender os seus privilegios contra a invasão de Carlos V, no momento em que os aragonezes, os catalães e os valencianos, tão ciosos, não obstante, das suas liberdades, assistiam desinteressados á lucta. Succedeu o mesmo com a Extremadura. A indifferença é a grande palavra da hespanha. E como não haviam de ser indifferentes os extremeños? Não chegam a ser 60 por legua quadrada; teem poucas estradas, pouca industria e participam pouquissimo do movimento das outras partes do reino. O paiz pertence a grandes proprietarios, a communidades: não cultivam a terra e vivem da venda das suas pastagens.

O mogno francez do imperio, com as suas applicações de bronze, representando fachos, pyras ardentes, lyras e tropheus de guerra, invadira com as modas da revolução liberal muitas casas lisboetas, sem todavia desthronar inteiramente o precioso mobiliario da Renascença, em cedro, em pau rosa, em sandalo, em nogueira, em carvalho ou em ebano, ao gosto mudegar ou ao gosto florentino, embutido de marfim, de madreperola, de prata, de esmaltes limosinos ou aragonezes.

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