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Vasco da Gama nada soube da Abyssinia; e não admira, porque nem tempo, nem gente lhe sobrava, para mandar alguem. Voltou, pois, a Portugal sem novas nem mandados do Préste. E, como a empresa da India tinha por fim primario apossarmo'-nos do commercio oriental, assegurado o nosso predominio nos mares levantinos, facil seria estabelecer relações com o abexim, e até este as buscaria.

A historia da Abyssinia do Padre Balthazar Telles, publicada em 1660, merece particular attenção: «Historia general da Ethiopia a alta ou Preste João, e do que n'ella observaram os padres da Companhia de Jesus, composta na mesma Ethiopia pelo padre Manoel d'Almeida, natural de Vizeu, Provincial e Visitador que foi na India, abreviada com novas relações e methodo pelo padre Balthazar Telles, natural de Lisboa, Provincial da Provincia Lusitana».

Damião de Goes e Faria e Souza, julgam a obra defeituosa; todavia parece fóra de duvida ser o primeiro escripto detalhado ácerca da Abyssinia. Miguel de Castanhoso publicou em 1541 a sua interessante historia ácerca da expedição dos portuguezes sob o mando do valoroso Affonso de Albuquerque.

Ao passo, que foi o primeiro a mostrar, em uma carta maritima, a derrota, que as nossas caravelas deviam seguir para a India, ia agora tambem levantar o véo, que trazia occulta aos olhos da Europa a historia da Abyssinia.

A prodigiosa actividade de El-Rei Dom Manoel levou os portuguezes ao descobrimento desde o Indo ao Ganges, de toda a Ethiopia e Persia, com todos os mares, portos, enseadas e ilhas, a toda a China e á de Malaca. Foi aquelle Soberano quem mandou á Abyssinia, na qualidade de seu Embaixador, Dom Francisco Alvares, o qual passados alguns annos em 1558 publicou a «Historia descriptiva da Ethiopia».

Varreu as duas lendas, a do Preste e a do Mar Tenebroso: descobriu o Brazil, e veiu dizer a D. Manuel que o supposto imperador do Oriente era um miseravel rei preto, infiel, acantonado nas montanhas invias da Abyssinia. Atraz de uma lenda, attrahido por uma voragem, Portugal descobrira os continentes e ilhas do Atlantico e chegára á India.

Emborracha-se com o Negus, formidavelmente, com cerveja de Munich. Tem a simpatia dos ras; ouvi que iam crear em sua honra a ordem do Bock, na Abyssinia... Era o intimo do conde de Strifforth... Que é feito de Strifforth? Herdou o peerage? Diziam-o muito considerado no Foreign Office. Pensou-se n'elle para sub-secretario de Estado... Nunca lhes contei a morte de Strifforth? Morreu?

Esse pagem, depois escudeiro e cavalleiro, é acompanhado pelo auctor e pelo leitor, primeiro na sua missão e officio de personagem da côrte e do séquito real, durante o ultimo quartel de vida, tão agitado e tão pouco feliz, do rei, que em Portugal o havia detido e que sempre lhe dispensou o seu favor; depois, em toda a sua peregrinação ao Oriente, na demanda das terras do Preste, até dar fundo na Abyssinia, onde para sempre o detiveram; esmagando-lhe a alma n'um captiveiro perpetuo, que não deixou de ser profundamente tyrannico, embora lh'o houvessem tecido com laços de sympathia, doirado com o lustre das riquezas e das honras, agasalhado no ambiente da familia, e engrinaldado com as rosas do amor.

Em Roma, Florença, Bologna e Veneza, tive eu a fortuna de compulsar algumas reliquias do outr'ora levantado Portugal. Revertendo ao itinerario do padre Jeronymo Lobo, é mister confessar que contém informação de alto interesse, inclusivè uma carta geographica da Abyssinia, na qual estão designadas as egrejas dos padres Jesuitas e suas residencias.

Pero da Covilhan, mostrando-lhe as cartas, que levava de D. João II para o soberano da Abyssinia, respondeu-lhe em puro amharico n'esse tempo a lingua da côrte que fôra encarregado pelo rei de Portugal, seu senhor, de entregar pessoalmente aquellas cartas a sua alteza, o mui alto e poderoso imperador da Ethiopia, e desejava por isso ter a honra de lhe ser apresentado.

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