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Atualizado: 10 de julho de 2025
Não é nada, José, meu José. Elles disseram e eu agora bem vi. Sabes que fui vivandeira e que tambem entendo o meu pouco de feridas. Não! A morte não te rouba d'esta vez á tua vingança e ao meu amor. Rosina, minha adorada Rosina! Alma pura! Coração nobilissimo! Obrigado. Curva-te sobre a minha bocca; queiro beijar a tua face...
Algumas vezes se lembrára ella, quando vivandeira do exercito francez, de que uma bala perdida a mataria.
Ah! não sabes, disse ella subitamente exaltada pelo ardor da vivandeira, que do cumprimento da tua promessa depende a realisação da minha felicidade!... Pois duvidas?... E não duvidaste tu de mim, quando em Alcantara soccorri o pobre La goutte? Perdôa-me... Sim, perdôo, não a ti, ao ciume, pois que para o ciume tambem peço perdão n'este momento. Ouve-me, portanto. Fala!... exclamou Graça Strech.
A senhora, que déra licença á vivandeira para lhe dizer uma impertinência, foi a que primeiro a protegeu: Estranho que o primo Sebastião, um consummado fidalgo e cavalheiro, tentasse fazer violencia a uma fraca mulher... Esta pequena, senhora ou burgueza, fica, desde este momento, considerada como se fôra minha filha!... Conserva o teu incognito, que ninguem agora se atreverá a descobril-o...
Para o que não chega é para duas amantes, que se disputam palmo a palmo o terreno, que luctam, que combatem, que oppõem ciume a ciume, despeito a despeito, embora uma esteja morta e outra viva... Não, «a gentil vivandeira» não soffre competencias. Já se fez amar d'um exercito; é preciso que se faça amar d'um homem.
Além, a irrequieta vivandeira, acompanhada de seu militar; o sevéro magistrado assestando a luneta; o antigo fidalgo portuguez de rabicho empoado, e de casaca e calções de setim bordado; matrônas respeitaveis, e jovens senhoras vestidas á época, no melhor gôsto, ostentando a antiga e bem merecida fama das formosas vimaranenses, e mostrando, pelas joias de subido preço, que as adornavam, o esplendor e nobreza de suas familias.
O soldado que respondera era, como calculam, a vivandeira das Ardennas. Chegados á rua, Rosina Regnau apertou convulsamente o braço de Graça Strech e segredou-lhe: Nunca se esqueça de que n'este dia, e a esta hora, lhe dei a liberdade, roubando-a a mim mesma. Nunca! respondeu elle commovido. E, como sentissem aproximar-se uma ronda, estugaram o passo, caminhando sem norte.
Umas vezes a repellia elle com ingratidão brutal, quando a accentuação franceza lhe coava ás entranhas estremecimentos de raiva, outras fitava na vivandeira o olhar amortecido como a dizer-lhe que a prostração seria passageira. Na vespera do dia em que estamos, teve Graça Strech uma idéa que para logo reputou auxilio providencial.
Se não tivesse por mãe uma mulher devassa, uma vivandeira, uma meretriz de soldados, que não faria mais que atirar sua filha ao berco em que ella propria nascera, poderia encontrar um marido honesto, ser o anjo do lar, divinisar-se no altar da familia, porque as mães podem considerar-se as santas da religião domestica. Mas não. Graça Strech suppunha-a a flôr do paul.
O ferido, conhecendo-o provavelmente pelo tacto, abriu por algum tempo os olhos, e demorou em Rosina o doce e apagado olhar. Talvez fosse este um acto puramente mechanico e talvez não; a verdade, melhor que os medicos, a sabe Deus. A vivandeira ficou sobremodo commovida do que a ella lhe pareceu intencional.
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