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Atualizado: 29 de junho de 2025
E quando é esse casamento, por fim? João Eduardo córou, disse vagamente: Nada decidido... Tem havido difficuldades. E acrescentou com um sorriso desconsolado: Temos tido arrufos. Pieguices! soltou o typographo, com um movimento d'hombros, que exprimia um desdem de revolucionario pelas frivolidades do sentimento. Pieguices... Não sei se são pieguices, disse João Eduardo.
O que sei é que dão desgostos... Arrasam um homem, Gustavo... Calou-se, mordendo o beiço, para recalcar a emoção que o revolvia. Mas o typographo achava todas essas historias de mulheres ridiculas. O tempo não estava para amores... O homem do povo, o operario que se agarrava a uma saia para não despegar, era um inutil... era um vendido!
Continuemos agora a examinar quanto se nos offereça, do pouco aproveitavel que nos tem sido possivel ajuntar, que se relacione com a vida deste grande trabalhador typographo, que tanto illustrou a sua arte, e tantos testemunhos nos deixou, apesar das muito mais que certas lacunas da lista das suas impressões, da perfeição com que sustentou os créditos da sua officina.
Estava saboreando a leitura do mais pomposo elogio, que jámais se teceu a nenhum outro homem de letras, quando entrou o Sr. Gusmão. O Sr. Gusmão era typographo e trabalhava na officina onde se imprimio o volume. Vinha buscar os originaes do segundo. Meu caro Sr. Gusmão, assente-se, então como vai? Remendando a vida. Já leu o meu livro? Sim, senhor. Francamente, como o-acha? Volumoso...
Sem credito literario diante dos meus proprios olhos abertos pelo bom senso do typographo Gusmão; sem abono-monetario diante de todos os olhos fechados pelas minhas circumstancias; eu andava a pleno ar a procura de um meio, que me arredasse do precipicio para cujas bordas já me encaminhava o jogo. Eu teria calado no fundo desse abysmo, se houvesse tido para a primeira parada.
Antigamente eu estava carregado de florinhas azues; agora as minhas flores são os mais elevados pensamentos. Sinto-me feliz, immensamente feliz!» Mas o papel não foi viajar; entregaram-n'o ao typographo, e tudo que lá estava escripto, foi impresso para fazer um livro, milhares de livros, que recrearam e instruiram uma infinidade de pessoas.
Elephante! rosnou o typographo, chocado com aquella indifferença pela Fraternidade dos Povos. Que se podia esperar, de resto, d'um proprietario e d'um agente d'eleições? Trauteou a Marselheza, enchendo os copos d'alto, e quiz saber o que tinha feito o amigo João Eduardo... Já se não ia pelo Districto? O rachitico dissera-lhe que não havia despegal-o da rua da Misericordia...
Mas vendo João Eduardo aniquilado, com a cabeça entre os punhos, o typographo exhortou-o a não esmorecer. Que diabo! No fim, livrava-se de casar com uma beata... Não me poder vingar d'aquelle maroto! interrompeu João Eduardo com um repellão no prato. Não te afflijas, prometteu o typographo com solemnidade, que a vingança não vem longe!
João Eduardo citou-lhe as palavras do doutor Godinho: d'alli por diante o Districto estava fechado aos senhores livre-pensadores! Cavalgadura! rugiu o typographo. Mas tinha uma idéa, caramba! Publicar um folheto! João Eduardo enthusiasmou-se. E diante d'aquella sympathia activa de Gustavo, vendo n'elle um irmão, soltou as ultimas confidencias, as mais dolorosas.
Ora até que emfim, «seu fidalgo»! disse o typographo a trasbordar de sarcasmo. Não se pertence á classe, mas é-se tratado por ella com consideração, replicou logo o tio Osorio, a quem a satisfação fazia parecer mais pansudo. Por causa de meia duzia de votos! Dezoito na freguezia, e esperanças de dezenove. E que se ha de servir mais aos cavalheiros? Nada mais? Pois é pena.
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