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*Noite de Saudade* A Noite vem poisando devagar Sobre a terra que inunda de amargura... E nem sequer a benção do luar A quiz tornar divinamente pura... Ninguem vem atraz dela a acompanhar A sua dôr que é cheia de tortura... E eu oiço a Noite imensa soluçar! E eu oiço soluçar a Noite escura!

Como literato, afês-se a ver a critica pelos canones suaves de Montesquieu, mais tarde ampliados por Guyau e, entretanto, a sua alma lavada avistava, e logo palpava, sem tortura, por livre intuição do fundo da sua Arte, as verdades de Amiel quanto ao ideal e ao real, quanto ao cèticismo, pai seguro da tirania, por mais que êle prégue a liberdade.

Pois se de todo em todo lhes é impossivel a conversão, inutil e deshumano é o castigo corporal que os tortura. Se não fosse a perpetuidade d'esta escravidão, seriam intelligiveis a fome, a sede, o lago de sulphur, a cama d'espinhos, o cavalete, a roda, os tractos a fogo e ferro.

Que mal faria aquele pobre sêr de castidade e de luz que nem sequer conhecia a vida e que tam cedo começava a sofrer dos seus males inevitáveis para que fôsse submetido a uma tal tortura?... Esquecia-se de Júlia que em cima soluçava, andava dum lado para o outro, mudo, sombrio, puxando as barbas, arrepelando-se. Que foi, meu senhor?

Amas-me! bradei eu com raiva. Mas de que modo me amas? Acima de mim, em teu coração tão puro, estão vãs considerações do mundo, razões de sociedade, costumeiras mesquinhas, está teu marido. Não me falles de teus filhos. Que amor é aquelle que não conhece a virtude dos sacrificios? que recua diante de qualquer respeito? que é limitado? que soffre prescripções? que não é uma abnegação absoluta do individuo, de todos os seus pensamentos, e affectos, e deveres e virtudes? Quem se perde pelo ente que ama, e destroe a honra e segurança do seu futuro, e chega, por amor delle, até ao crime, e se tortura a inventar maiores provas ainda, não o mais radioso testemunho da paixão exclusiva, intolerante, e soberba. Tu nunca soubeste que o amor não vive senão de si, e nada reserva fóra de si. Renegado sublime, piza os mais santos objectos, forte da felicidade que inventa, e que lhe justifica a impassibilidade. Porém, tu! mulher das dedicações mesquinhas, das virtudes pequenas, dos deveres timidos, chamas loucura a tudo isto.

Para que te querem agrilhoar de novo ao poste onde te suppliciaram durante tantos seculos? Mudança de potro, mudança de cutello, substituição de algozes... mas sempre o mesmo supplicio! sempre os mesmos instrumentos de tortura! Mesquinha revolução, que tão pouco alcança!

Matai o peccado incuravel e a dôr esteril, a fim de que na creação não haja um atomo que não palpite de reconhecimento e alegria, ao ouvir o vosso nome santissimo. E um clamor horrendo abafou a voz que fallava; e, d'um angulo a outro do abysmo, todas as almas em tortura escabujavam, rogando a Deus que as deixasse morrer.

Antes da chegada de Venceslau Taveira a tortura da incerteza flagelava D. Julia de Miranda, a ponto de sentir-se desvigorosa de espiritos para honestamente abrir conferencia de tanto melindre. N'este desanimo dessimulado pela viveza propria do temperamento, a encontraram o deputado e o clerigo. No semblante de Venceslau transparecia tambem a turvação das conjecturas.

Rezar era então brinco de criança, Para ti, innocente... Lias nas tuas Horas As tuas orações e docemente Sorria a Deus tua infantil confiança... Margarida! Quantas ruinas em tão curta vida! Que pensamento occulto te tortura? E, no teu coração, Que peccado te roe essa alma impura? Não rezes: Deus não te ouve a oração! Rezas por tua mãe? por ti foi morta, Sim, morta lentamente, a infeliz!

Ó chuva! Ó vento! Ó neve! Que tortura! Gritem ao mundo inteiro esta amargura, Digam isto que sinto que eu não posso!!... *Pequenina* Á Maria Helena Falcão Risques

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