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Atualizado: 29 de julho de 2025
Julia tira da cabeça uma grinalda de flôres brancas, que arremessa com desdem sobre o sophá. Julia. Afflige-me tudo!... Tomára-me eu na minha liberdade, Leocadia! Não goso nada... Tanta luz parece um insulto á escuridão da minha alma... Queria-me sosinha... Leocadia. Não tens paciencia nenhuma, Julia!... Que é o que te afflige assim?
O commendador tomou logar no sophá; o Tótó rosnava roçando-lhe pelas pernas. Oiça, ella esteve aqui ha um instante; é uma martyr, a pobre creatura! se lhe visse o corpo... tudo são manchas de pancadas, nodoas negras que o senhor não imagina. Mas isso é uma barbaridade!...
Ella tinha caido n'um sophá, muda, com os olhos fixos, meio loucos, os dentes trémulos. Eu borrifava-a d'agua, tomava-lhe as mãos, fallava-lhe baixo, e perguntava-lhe, aterrado, dando-lhe os nomes mais doces para a serenar: Que foi, minha querida, que foi? Via-lhe os vestidos cheios de sangue. Feriram-n'a? Ella fez um gesto negativo. Então? então? disse eu.
Emfim sobre um sophá, deitada, enroscada, sepultada, vi Carmen, com a cabeça escondida, o penteado solto, coberta de sangue e abraçada a um crucifixo. Ao pé, sobre uma mesa, havia uma garrafa de cognac e um pequeno frasco azul facetado. Quando sentiu os meus passos no tapete, Carmen levantou-se um pouco no sophá. N'aquelle momento a sua belleza era prodigiosa.
Depois no entre acto, e quando estavam sós, sentados n'um mesmo sophá, na pequena ante-camara, na qual os frequentadores do camarote tiveram a discrição de os deixar em amavel coloquio, sem que o marido receioso se offendesse de esta vez, commentou baixo: «Não sei o que ha. Estava perfeitamente esta manhã. De tarde fez algumas visitas, e recebeu, como é costume, ás 5 horas.
Em cima do fogão agitava-se o pendulo do relogio, como se effectivamente nos quizesse recordar uma pulsação dolorosa. A viscondessa, airosamente sentada n'um fofo sophá, volvia os olhos nervosos na direcção da porta do baile. Ninguem nos ouvirá exclamava ella de si para si. E continuou a fallar para Alfredo, que, a longos passos, percorria a sala de um a outro extremo.
Mas ao pé de mim, sentado n'um sophá com um abandono asiatico, estava um homem verdadeiramente original e superior, um nome conhecido Carlos Fradique Mendes. Passava por ser apenas um excentrico, mas era realmente um grande espirito. Eu estimava-o, pelo seu caracter impeccavel, e pela feição violenta, quasi cruel, do seu talento.
Fez-me signal que a acompanhasse. Segui-a com a sensação enregelada de quem entra nos dominios da morte. Atravessámos uma sala e entrámos em um dos quartos d'ella. Apontou para um sophá e sentou-se ao meu lado, olhando para mim, impassivel.
Não lhe bastava ter de dormir assim forçadamente n'um somno pesado e cruel? Amal-o-hia, culpado. Trahida, amal-o-hia ainda! Elle entretanto estava calado, no sophá, com a cabeça encostada. De repente pareceu-me vel-o empallidecer, ter uma ancia, sorrir. Não sei o que houve então. Não me lembra se fallámos, se elle adormeceu brandamente, se alguma convulsão o tomou. De nada me lembro.
E, n'essa manhã da minha libertação, ao penetrar antes d'almoço no seu quarto, no sophá o encontrei enterrado, com o Figaro aberto sobre a barriga, a Agenda cahida sobre o tapete, toda a face envolta em sombra, e os pés abandonados, n'uma soberana tristeza, ao pedicuro que lhe polia as unhas.
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