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Atualizado: 27 de maio de 2025


Todo o vivente a quem troou no ouvido O abalo estragador, pregão de morte, Ou jazeo ou sumio-se: espavoridas O vôo affastão carniceiras aves; Bravíos cães vão-se arredando em uivos, Nem se lhes dos insepultos mortos; O camelo as prisões deixou quebradas; O touro, ao longe, se desfez do jugo; O corsel, que o fragor ouvio de perto, Rompendo a silha, espedaçando as redeas, A galope alongou-se pelo plaino; As incolas dos charcos lutulentos, Alçando a boca sobremodo aberta, Clamor soltárão importuno em dôbro; Uivárão pelas furnas das montanhas Os lobos, quando alli a trovoada Em écos retroou; mui distantes, As alcatéas dos jakaes bramírão Com mixto som, que, lamentoso e agudo, Ora imitava criancinha em chóros, Ora lebréo ganindo fustigado: Esbaforida accelerando os vôos, A aguia desamparou a rocha alpestre, Onde aquecia o ninho, e remontou-se Mais proxima do sol, achando crassas Em demasia as sotopostas nuvens, Que vinhão, d'atro fumo conglobadas, Roçar-lhe o bico amedrontado, hiante, Mais e mais excitando-a a sublimar-se, E o grito a reforçar.

Pela sua genial intuição teve Garrett a comprehensão d'este caracter resistente e soffredor da nossa raça lusitana: «Os Portuguezes são naturalmente soffredores e pacientes: muito arrochada hade ser a corda com que de mãos e pés os atam seus oppressores, antes que rompam em um gemido os desgraçados. Um murmurio, uma queixa... nem talvez no cadafalso a soltarão!

Eu tambem inda adoro ao grande Chefe, Bem que a prizão me que eu não mereço. Qual eu sou, minha bella, não me trata, Trata-me qual pareço. Quem suspira, Marilia, quando pune Ao vassallo que julga delinquente; Que gosto não terá podendo dar-lhe As honras de innocente? Eu vou, Marilia, vou brigar co' as feras: Huma soltárão, eu lhe sinto os passos, Aqui aqui a espero Nestes despidos braços.

48 "E verão mais os olhos que escaparem De tanto mal, de tanta desventura, Os dois amantes míseros ficarem Na férvida e implacável espessura. Ali, depois que as pedras abrandarem Com lágrimas de dor, de mágoa pura, Abraçados as almas soltarão Da formosa e misérrima prisão."

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