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Fizeste, ó desgraça, hum erro Em vires do Amor valer-te: Como ha de elle socorrer-te, Se eu conheço o seu ferro?­ Á sua voz o ouvido cerro: Custou-me sangue o escapar-lhe: E para melhor provar-lhe, Que eu sou dos seus cortados, Sinaes inda mal fechados Hei de parar, e mostrar-lhe.

«E, ainda bem não foi manhan, foi derredor da casa, e achou sinaes por onde confirmou sua suspeita; e logo mandou tapar a fresta a pedra e cal, contando tudo, da maneira que o éla cuidou, primeiro a Aonia, que lh'o ouviu com tamanha mágoa, que mór trabalho cuido eu que levaria em lh'a encobrir que em a sofrer consigo: porque o sofrer faz-se por vontade, e a outra cousa contra éla.

Com a morte d'estes homens não foi menos a torvação e desmaio no arraial do Infante, do que foi alvoroço e indinação contra elle em toda a côrte d'El-Rei, a que as novas chegaram logo de noite; porque a mais da gente do Infante vendo tamanha crueza, julgaram-na por claro rompimento contra El-Rei, e temendo a pena da culpa em que por isso encorriam, pungidos da lealdade que não podiam encobrir, mostravam em suas caras uma publica tristeza, que de seus corações dava mui certos sinaes de fraqueza, com que muita gente, especialmente de , logo aquella noite fugiram do arraial, e por serras e veredas como melhor podiam se tornaram a suas casas, a que o doutor Alvaro Affonso com uma publica fala que a todos sobr'isso fez, quizera remedear mas não aproveitava.

Que sinaes póde ahi haver De mentira tão notoria, Que nem foi, nem póde ser? Donde vim eu a saber Novas de vossa victoria? Que novas? Dir-vo-las-hei, Assi como mas contastes: Que na batalha matastes Aquelle soberbo Rei, E tudo desbaratastes: Não fazendo resistencia N'huma batalha tão crua, Dando-vos obediencia, Vos derão huma copa sua, Lavrada por excellencia.

Todos estes sinaes, que não se vião Nas Auroras a esta antecedentes, Algum damno mortal nos annuncião. Eu não sinto o que seja: se o tu sentes, Não te seja o dizer-mo mui penoso; E entenderei por ti taes accidentes. SOLISO. N'outro tempo me fôra deleitoso Por extremo, Sylvano, gôsto dar-te; Mas todo gôsto agora me he nojoso.

Claros olhos ferir vão Hum coração innocente; Nem ao triste se consente Dar sinaes de seu cuidado! Deoses! quanto he desgraçado Quem adora occultamente! No peito a chamma accendida As entranhas lhe abrazou; Mas da ingrata, que a ateou, He crime ser percebida.

Bem sei que o meu descanso pretendias; E a mesma confiança faz negar-te O que destes sinaes saber querias. SYLVANO. Não queiras mais, Soliso, prolongar-te; Pois pende o gôsto meu da tua vida: Se corre risco, dá-me delle parte. SOLISO. De todo a sinto ja desfallecida Nas lembranças daquella breve historia, Que foi para meus males tão comprida.

E no anno de mil e quatrocentos e setenta, a dezoito dias do mez de Setembro, o dito Infante D. Fernando falleceu, e deu sua alma a Deos em Setuvel, em idade de XXXVII annos, sendo El-Rei seu irmão e a Infante sua mulher presentes, por cuja morte fizeram claros sinaes de grande dôr e sentimento; foi seu corpo logo enterrado no mosteiro de S. Francisco da observancia, que é junto com a dita villa, e de hi foram depois seus ossos com muita honra, e grande solemnidade, treladados ao mosteiro da Conceição de Beja, onde jazem em sua mui honrada sepultura, a qual a Senhora Infante D. Briatiz sua mulher como Princesa em toda mui virtuosa, juntamente com o dito mosteiro de novo fundou e edificou com grandes suas despesas, e perpetuamente o dotou de muitas rendas e singulares ornamentos.

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