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Atualizado: 11 de junho de 2025


Meu pobre Simão! Onde estarias tu escondido quinze dias?! Hoje mesmo é que teu pae teve carta d'um lente, participando-lhe a tua falta nas aulas, e sahida para o Porto, segundo dizia o arreeiro que te acompanhou. Não posso mais. Teu pae espancou a Ritinha, por ella querer ir á cadêa. Conta com o pouco valor de tua pobre mãe ao d'um homem infurecido como está teu pae

O Simão atirou-lhe pão; e, tanto que lhe foi dando de comer, conservou-se o cãosito junto d'elle. Depois ninguem o retirava dos pés do seu bemfeitor. Para quem vive sem companhia vejam que alegrão é encontrar junto de si um pequenino animal, que nos com olhos cheios de desinteressado carinho! Ficou o cãosito sendo o companheiro do tio Simão.

Tornou a pegar no cajado, que tinha ao canto, e foi com as raparigas. Como elle ia alegre, direito, valente no meio d'ellas! Os visinhos diziam-lhe: Ó Simão, deram comtigo as moças, estás arranjado! E elle fartava-se de rir como um perdido! Outros, quando viram o Fiel no collo da moça, perguntaram com malicia: Ó menina, onde é o baptisado? Ao cair da tarde, o velhinho voltou para casa.

Simão Botelho releu a carta duas vezes, e á terceira leitura achou menos affrontosas as bravatas do fidalgo cioso.

Simão Botelho tornou-se odioso aos condiscipulos que, para se salvarem pela infamia, o delataram ao bispo-conde, reitor da universidade. Um dia proclamava o demagogo academico na praça de Sansão aos poucos ouvintes que lhe restaram fieis, uns por mêdo, outros por analogia de boças. O discurso ia no mais acrisolado da ideia regicida, quando uma escolta de verdeaes lhe aguou a escandecencia.

Então lhe acudiam vivas reminiscencias d'aquelles dias: a sua alegria doida, as suas dôces tristezas, esperanças a desvanecerem saudades, os mudos colloquios com a irmã querida de Simão, o ceu aromatico que se lhe ampliava á aspiração sôfrega de vagos desejos, tudo, emfim, que lembra a desgraçados.

De uma vez, chamou-o para pesar n'uma grande balança, que havia ao fundo da loja, n'um armazem escuro e frio, umas canastras de fechaduras. Simão, com o suor a escorrer-lhe na testa, segurava a cesta d'um lado, o patrão do outro, e, a um impulso simultaneo, collocavam-n'a sobre o prato da balança. Á terceira carga, o pequeno não pôde mais, e deixou cahir das mãos a canastra.

São amargas as verdades, não é assim? disse-lhe, sorrindo, o desembargador Mourão Mosqueira. V. ex.^a sabe o que diz, e eu sei no que hei de ficar respondeu com tom ironico o fidalgo, alanceado na sua honra, e na dos seus quinze avós. O desembargador retorquiu: Fique no que quizer; mas na certeza, se isso lhe serve d'alguma coisa, que Simão Botelho não vai á forca.

Quando viu, a dois a dois, entrarem amarrados, no tombadilho, os condemnados, Thereza teve um breve accidente, em que a froixa claridade dos olhos se lhe apagou, e as mãos convulsas pareciam querer aferrar a luz fugitiva. Foi então que Simão Botelho a viu. E ao mesmo tempo atracou á nau um bote, em que vinha a pobre de Vizeu chamando Simão.

Chegados todos á casa, Simão e Pedro de um lado á meia voz conversavam.

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