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Atualizado: 29 de junho de 2025
Quando, de longe em longe, os trabalhos da casa do saltimbanco, ou as compras, isolavam um momento estes dois membros da companhia, Gella cessava de ser rude, e tornava-se boa. Sentia que no seu coração desabrochavam pensamentos delicados e uma sollicitude que tinha alguma coisa do amor maternal.
Ghega, arremessa-se á porta, bate, toca, chama, ninguem responde, parece tudo morto; as portas das janellas estão fechadas, é absoluto o silencio. O infeliz Adalberto ouve o respirar de Gella, e a bulha dos seus passos que se aproximam com uma rapidez incrivel. Emfim... eil-a... Elle dá a volta da casa, e vê diante de si uma fresta; ha pois alli uma adêga, uma casa de lenha, alguma coisa emfim que não é a casa do Saltimbanco. E depois, se Gella o leva, prisioneiro fugitivo, não vai elle levar pancadas do Hercules, ou da velha, ou de Karik, ou de todos tres, e ser mordido pelo cão? Vale mais a fresta!
Depois de viver tanto tempo na miseria tudo para elle era um gozo. Como lhe fizessem novas perguntas, respondia a tudo com volubilidade e narrava com infinito prazer tudo quanto se dizia e fazia em Valneige. Á medida que fallava parecia-lhe que a casa do saltimbanco se affastava, que tinha tido um máu sonho e que conhecia desde muito os donos da casa branca.
O pobre pequeno, estendia os braços para a sua victima, recebia algumas vezes sôcos e pontapés, que eram destinados para ella, e ninguem se mexia na casa do saltimbanco, a não ser a pobre Tilly que, apenas coberta com a sua camisinha, acudiu chorando, de mãos postas, como um anjo de Deus por elle mandado para defender uma alma contra o demonio.
Comprehendia que nenhuma das pessoas que o rodeavam conhecia a sua familia, que devia a sua liberdade aos bons corações que a Providencia tinha collocado no seu caminho, e que tudo tinha succedido fóra das provisões de Gella. Esta, ao contrario, não podia duvidar de que a desapparição do pequeno saltimbanco fosse o fructo das suas diligencias; e com effeito assim parecia, mas não era.
Quando ella appareceu, Adalberto julgou que a matariam, mas a Providencia mandando-a havia-lhe dado do seu poder. O Hercules, que tinha descarregado a sua colera, olhou para ella envergonhado; proferindo a mais terrivel das suas blasphemias, sahiu e foi sentar-se na almofada da carruagem. Alguns minutos depois, duas ou tres chicotadas applicadas ao cavallo pozeram a caminho a casa do saltimbanco.
Ia atraz um velho, vestido de malha, com lentejoulas, que relusiam ao sol. Levava, pela mão, uma pequenita, com uma saia curta de cambraia muito suja e remendada. O saltimbanco caminhava devagar, com a cabeça descahida para o peito, os olhos no chão, a cantarolar: /* Cuidado, pajarillos, No se despierte... */
Quando no meu o teu olhar se esquece, A minha alma, mulher! é como um urso Que dança pelas feiras, e obdece Ao magro saltimbanco e ao seu discurso. E os meus velhos desejos violentos Soluçam hystriões esfomeados! Como os gatos noturnos, friorentos, Que miam lamentosos nos telhados. Por isso vos espera O dia da vingança!
Contra esses artigos redargúo estampando a opinião do Commercio do Porto, o jornal mais serio do paiz: «Abriu-se no sabbado com a opera o «Saltimbanco» de Paccini... Fizeram a sua estreia n'esta opera a primeira dama Elisa Hensler, etc. E no folhetim de 15 do mesmo mez, confirma n'estes termos: «A snr.^a Hensler é uma excellente cantora.
Os seus dedos apalpando podiam já apanhar a escada de corda, quando começou entre elle e a filha do Saltimbanco, um dialogo que pintava a luta horrorosa, do espirito contra as aspirações da vida e da esperança. Menina Gella, se eu subir, vai levar-me para a casa do saltimbanco? Sim. Antes quero ficar. Mas, meu pobre pequeno, tu vais morrer de fome. Custa muito? Oh! se custa! muito!
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