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Atualizado: 23 de julho de 2025
Quando o seu velho protector morreu, um anno depois de Austerlitz, ella acompanhou-o com os camaradas á sepultura, e, como limpasse furtivamente duas lagrimas, disse-lhe um dos soldados: Pois tu choras, Rosina, tu, a que viste os trez imperadores?! E ella, voltando-se de subito, respondeu: Não choro eu, chora a França.
E, como a cabeça do francez parecesse já desequilibrar-se, Rosina Regnau procurou encostal-a ao peito carinhosamente. Não! apostrophou com extrema difficuldade Bénard não! Um francez... só morre... encostado... a outro... francez... Eh! eh! rouquejou. E, procurando aprumar-se, disse com esforço grande de mais para o lance do passamento: Vive.. lá... Fran... Não pôde concluir.
Primeiro se apiedou por conhecer n'esse acto o impulso natural de coração de Rosina voluntariamente opprimido no captiveiro de um amor impetuoso. Sobreviera porém o ciume quando se lembrou de que a vivandeira habitualmente se esquivava a cuidar de feridos francezes, e de que extremado devia ser o interesse para affoital-a á temeridade de se deixar reconhecer.
Conheci que era mais piedosa do que as outras mulheres... Quiz ver até onde chegava a sua sensibilidade... Perdõe-me a experiencia... Vejo que ainda tem lagrimas... sim... tem lagrimas... não posso duvidar... está chorando! Não seja mau para mim, soluçou Rosina Regnau.
E logo, antevendo a triste solidão da ausencia, rompeu em afflictivo chôro. Este era o natural de Rosina: ora vivandeira, ora mulher. Logo em principio o dissémos. Apesar da cega confiança que Graça Strech devia ao amor de Rosina, não era a sua alma, quanto mais se avisinhava da Italia, estranha ao ciume. No paiz dos amores, o ciume, la gelosia, respira-se com o ar.
Assim era que não desaproveitava occasião de estar guitarreando ao lado de Rosina, que conservava na physionomia a habitual immobilidade de linhas, como se a musica, que se lhe coava á alma, não lhe desse nenhuma sensação, por não poder ouvil-a. Ás vezes, de noite, Rosina podia murmurar muito a medo, aos ouvidos de Strech, através dos sons da guitarra: José!
Pois elle é a unica barreira que póde haver entre mim e Rosina, quero dizer, o unico obstaculo que lhe prohibe a plena posse do meu coração... Viverei, sim, entre este annel e Rosina; entre a minha vingança e o meu amor... Eu patenteei-lhe a minha alma antes de acceitar a liberdade que me deu. Não tem de que me accusar... Comprehendo-a, Rosina, acredite que a comprehendo.
Foi n'uma occasião d'estas que o commendador, de volta do Rio de Janeiro, a veiu encontrar tinha-lhe custado saber onde moravam agora, ein, mas afinal se tinha informado bem; e como iam, como iam, a Rosina estava uma senhora coitada! tinha uma infancia bem desgraçada
E tudo o que ella soffria era por ser franceza... Tambem elle se não lembrava n'esse lance de que a mariposa procura a chamma! E Rosina era a mariposa do acampamento. Não obstante, desconfiando ainda da clareza da sua percepção, quiz oppôr obstaculos á resolução da vivandeira: Mas não sabe que isso é impossivel, Rosina? Não sabe que se não póde seguir ninguem através dos azares da guerra?
não, senhor juiz, estou prompta. n'esse caso partamos. A filha do Jorge sentia-se fraca, o espirito abatido diante d'aquelle momento, que ia cahir, como a louza d'um tumulo, sobre toda a sua existencia, apagando-a para a felicidade; a Rosina sentia tremer-lhe a mão e ao ver que a mamã continuava a chorar, os seus olhos d'uma candura d'anjo mareavam-se de lagrimas tambem.
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