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Atualizado: 22 de outubro de 2025


Para vermos como debaixo da grandeza e brilho exterior d'esses dois reinados ia lavrando a dissolução social, seria necessario saír do cyclo a que me pareceu deverem limitar-se estas cartas, isto é, do que propriamente se póde chamar edade média portugueza.

Assim, crendo que temos lido a historia portugueza dos seculos XII e XIII, apenas saberemos as datas d'esses primeiros reinados, a antiguidade d'algumas familias, os successos militares ou politicos de então.

Os tres reinados de D. Affonso VI, D. Pedro II e D. João V adeantaram a tal ponto a caducidade, que os milagres do genio, e os prodigios da vontade o mais que poderam conseguir foi suspender a dissolução espaçando até ao fim do reinado seguinte a revolução eminente.

N'este numero deve entrar um manuscripto que existia em Sancta Cruz de Coimbra, feito, segundo parece, nos fins do seculo XIV, em que mui de leve se mencionam os acontecimentos mais notaveis dos tres primeiros reinados, e d'elle talvez se houvessem de contar as antigas chronicas, que Duarte Nunes reformou, ou estragou, e que muito desconfiamos sejam as mesmas que colligiu Acenheiro no principio do seculo XVI, e que serviram de fundamento a Ruy de Pina e Galvão: sobre tudo o que pesam ainda muitas sombras, ao menos para nós, parecendo-nos, todavia, indubitavel que alguma cousa havia escripta antes de Fernão Lopes; porque a alguma cousa eram essas estorias dos antigos reis, mencionadas na carta de nomeação de Fernão Lopes, e que n'esse documento se distinguem claramente dos feitos de D. João I.

E, n'aquelle tempo, sr. presidente, Portugal ainda se banqueteava com a baixella d'oiro do Pegu: ainda as paredes das salas nobres estavam colgadas de gualdamecins e razes da Persia. Era o Portugal, não robusto nem enthusiasta; mas ainda sopitado das embriagadoras delicias dos reinados de D. Manuel e D. João III.

Os reinados de D. Duarte, D. Affonso V e D. João II resplandeceram de moralistas, de historiadores, de poetas, de mysticos e ainda de oradores; tudo quanto representa o mundo das idéas. Porém a sciencia do mundo material, onde apparece ella durante esse largo período? Apenas na eschola de Sagres. Todavia que livro ou que homem produziu essa eschola? Nenhum.

José Silvestre Ribeiro e D. Antonio da Costa, enriqueceram recentemente a litteratura patria, com os seus livros intitulados Historia da instrucção popular em Portugal desde a fundação da monarchia até aos nossos dias, e Historia dos estabelecimentos scientificos, litterarios e artisticos de Portugal nos successivos reinados da monarchia.

Muito ao contrario do que ainda hoje geralmente se pensa e se escreve, entre nós até! a expansão maritima de Portugal, começando com elle, desde os primeiros reinados ensaiava os vôos que haviam de leval-a aos confins do Mundo e ás culminações da Historia. Alguns escriptores hespanhoes dão como inteiramente destroçada a expedição naval de Dom Fernando, pelas forças maritimas do Trastamara.

Não podemos, porém, duvidar d'este desprezo da lei de Jesus, em época tão assignalada de bons theologos, comprehendida nos reinados de D. Manoel e D. João III. Que os condemnados á morte não eram admittidos á communhão deprehende-se do tratado De sacramentis proestandis ultimo supplicio damnatis, do famoso jurisconsulto Antonio da Gama, no cap.

A epocha dos reinados de D. Fernando e D. João I é incontestavelmente a mais dramatica da historia portuguesa. São-no os factos politicos e a vida civil d'esse tempo: as pessoas e as coisas.

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