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Atualizado: 27 de julho de 2025


Este pensamento deu provavelmente origem á escolha de Henrique para governar as terras que se estendiam desde o Minho até as raias da provincia conhecida entre os arabes pelo nome generico d'Algarb; e por ventura a derrota que padece o conde Raimundo n'uma entrada que fizera até Lisboa pelos annos de 1094 serviu para apressar a realisação d'este pensamento.

Além d'isso, D. Elvira, irmã de D. Theresa e casada com o conde de Tolosa, não recebeu em dote terras algumas: diz-se que fôra a causa d'isto o possuir Raimundo de S. Gil estados em França. Mas que lei ou costume d'Hespanha obstava a que elle possuisse um condado em outro paiz, conjunctamente com os estados que tivesse em Leão?

O conde Raimundo entendeu, e entendeu bem, que valia a pena de sacrificar uma parte de territorio á ambição de Henrique, com a condição de cingir a corôa d'Hespanha.

E os maridos viveram e sobreviveram, por que tinham juizo na cabeça, e abrigavam religiosamente no coração o augusto preceito: não matarás! Apoiados! snr. Raimundo, apoiados!

Ou Raimundo, tendo vindo do paiz do feudalismo, ignorava completamente os principios essenciaes do direito feudal, ou não se considerava de modo algum como senhor feudatario da Galliza, aliás regeitaria similhante confirmação. Poderia citar centenares de factos análogos, que estão demonstrando que taes feudatarios não existiam na Hespanha.

Mas, dir-se-ha, Raimundo podia d'antemão ceder uma parte da monarchia, que lhe havia de pertencer, a Henrique, seu cunhado, primo e companheiro d'armas, a fim de que este o ajudasse com a força a tornar effectivo o seu direito de successão, se este direito existia . Não! A indole das instituições hespanholas oppunha-se formalmente a similhante cessão.

E v. s.ª não chora, snr. Raimundo? Esponje-me d'essas entranhas de poeta fios de lagrimas; depois, enxugue-se, e leia, se está de pachorra.

Se ao principio esteve subordinado a Raimundo na administração parcial de Coimbra e de Braga; se logo governou independente d'elle toda a parte de Portugal moderno, conquistada então aos mouros, é cousa que me parece não se poder affirmar nem negar, e que talvez algum dia se haja de resolver, quando venha a ser conhecido maior numero de documentos d'aquella epocha.

E com effeito o negocio tinha assim todas as probabilidades de bom resultado, se a morte, como costuma, não viesse baralhar as combinações humanas. Disse que Raimundo e Henrique não podiam ter tido por motivo do pacto a consciência de um direito commum a ambos; porque tal direito seria sonhado.

Levam a taes voragens as estradas complanadas pela mão de Deus? Ó snr. Raimundo, não parvoejemos por amor ao catholicismo. Não façamos da nossa hypocrisia aspa de patibulo em que estamos sempre a cravejar a memoria de Jesus, sobre quem Deus refrangiu o mais divino reflexo da sua gloria.

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