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Lagrimas ja não são qu'esta alma chora, Mas amor he vital que dentro arde, E por a luz dos olhos salta fóra. Como inda a morte quer que mais aguarde? Não tarde ja, mas corra a mal tão fero. Mas ja por mais que corra virá tarde. Nem no supremo trance de ti 'spero Qu'inda com ver o estado em que me has pôsto Queiras, crua, entender quanto te quero.

Algumas das estrophes que elle traduziu para mim, e que depois se publicaram, fizeram sensação e escola... E eu qu'inda te amo, ó pallida canalha, Que sou gentil e bom, Far-te-hei enterrar n'uma mortalha Talhada á Benoiton!

Nymphas, por quem Castalia se abre e cerra; Vós que fazeis á morte mil enganos, Concedei-me ja alentos soberanos Para que diga o mal que Amor encerra: Para que aquelle, que o seguir ardente, Veja em meus puros versos hum exemplo De quanto em glorias promettidas mente. Qu'inda qu'em triste estado me contemplo, Se neste assumpto me inspirais, contente Darei a minha lyra ao vosso templo.

Quem me dará remedio á dor presente? Não ha bem, que de mi ja não s'esconda; Nem algum verei ja, que a mi o seja, Porqu'está quem o foi da vida ausente. Eu alguma não vi tão descontente, Que Amor tão mal tratasse, Qu'inda não esperasse A seus males remedio achar vivendo: Eu vivo soffrendo Hum mal tão grave e tão desesperado, Que tanto he mais pezado, Quanto a vida com elle he mais comprida.

Mas eu, de gente em gente, Trouxera trasladada Em meu tormento vossa gentileza; E somente a aspereza De vossa condição, Senhora, não dissera, Porque se não soubera Qu'em vós podia haver algum senão. E se alguem, com razão, Porque morres? dissesse, respondêra: Morro, porque he tão bella, Qu'inda não sou para morrer por ella.

Pedro, qu'inda não fallara, por pouco não desmaiara nos braços do fazendeiro, fulminado de alegria! e no sorriso nervoso que d'alma aos labios lhe vinha, quem é que não traduzia o que n'alma o pobre tinha? Passados alguns momentos, depois dos comprimentos de todos que os rodeavam, sahiram de braços dados sob uma chuva de flôres que em cima lhe despejavam á porfia, os convidados.

Esconjuro-te, Domingas, Pois me dás tanto cuidado, Que me digas se te vingas, Viverei menos penado. Voltas. Juravas-me, que outras cabras Folgavas de apascentar; Eu por não me magoar, Fingia qu'erão palabras. Agora d'arte te vingas D'algum meu doudo peccado, Qu'inda que queiras, Domingas, Não posso ser enganado.

Olhae a quanto a crua dor obriga! Por vingar-se, assi irada transformando O foi em pedra. Oh dura confusão! Despois lhe pezaria; mas em vão. Olhae, Nymphas, as árvores alçadas, A cuja sombra andais colhendo flores, Como em seu tempo forão namoradas; Do qu'inda agora o tronco sente as dores.

Hião Zéphyro e Flora passeando, Os campos esmaltando de boninas; Nas fontes cristallinas triste estava Narciso, qu'inda olhava n'água pura Sua linda figura e delicada: Mas Eco, namorada de tal gesto, Com pranto manifesto, seu tormento No derradeiro accento lamentava.

Formosuras fataes qu'inda conservam Na fórma o que é do ceo para illudir-nos! Ai de nós se encarâmos descuidados A morbida expressão de certas frontes, Onde a candura nos occulta o crime! Alva era a face da elegante Julia; Vivo o rubor que lhe animava os labios; Adoravel a tinta fugitiva Que lhe tocava levemente as palpebras; Muda a boca; no olhar toda a eloquencia! Entrámos na allameda.

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