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O ar carboniza as arvores sequiosas N'uma rutila poeira intensa de ventosas. Dos montes nus além nas seccas epidermes Os rebanhos são como um pulular de vermes. E a bobada do céo, concha de zinco em braza, Onde não passa a nodoa aerea d'uma aza, Implacavel contempla a terra solitaria, Como um sultão fitando a carcassa d'um paria!

Minha senhora: para poder assim synthetisar-se um sentimento como eu acabo de fazer, para adivinhar o encanto no que nos é vedado, para dizer que é grato o aroma de um ramalhete de flôres que nos mostrassem dentro de uma redoma de crystal, não é fácil tarefa; tem de elevar-se a alma a um extremo altruismo estetico, paradoxal até, não por virtude nem sciencia, mas derivado de condições tristes da vida, e quando se é tam pobre em esperanças e desejos, que o individuo rasteja como um pária moral, alheio a tudo.

Abrira, portanto, o commercio da Guiné e da Mina, e avassallara as copiosas ilhas, que desde os Açores ramalhetam o Atlantico, em ambos os hemispherios. Hespanha começara, em 1492, á explorar continentes novos, sob a direcção de Christovam Colombo, e alcançara no curto espaço de oito annos penetrar no mar das Antilhas, dominar importantes ilhas e avistar a terra firme do Pariá e Venezuela.

Era o nosso Amazonas, cujas aguas, entranhando-se nas do oceano, e repellindo-as com força, subiam e desciam a olhos vistos, levantavam vagas monstruosas, e roncavam com medonho estampido. Saltou ahi em terra, e não encontrando opposição dos gentios, apanhou por surpreza á muitos que embarcou nos navios, seguindo logo depois para o Pariá.

« eu no mundo um gosto em vão pretendo: Guebro entre os persas, entre os indios pária, Judeu entre christãos, eu debalde ao céo as mãos estendo, Como o naufrago á praia solitaria Debalde estende as mãos. «Tenho no livro azul onde Elle escreve Esse nome, que nunca pronuncia Quem bem o soletrou, Mil vezes tenho lido que não deve Queixar-se mais que a flôr que vive um dia Um verme como eu sou.

Contemplando este quadro rubenesco, João pensava nos santos prazeres do lar, elle, que era um mísero orphão, um desgraçado pariá do amor! emquanto Dhalia, a sua querida noiva, sentada junto a elle, falava-lhe compungida ácêrca de uma infeliz mulher que, pela manhã, recebera de suas pequeninas mãos bemfazejas, roupas e sustento para os filhinhos.

Disem que sou um christão novo! Sou talvez um apostata, um reprobo, um paria! Vivi por longo tempo na innocencia e no socego dos sertões. Meus paes e meus parentes nutriam-se dos cachos das palmeiras, com todo o fervor das suas almas fasiam as suas orações no templo de Trichandur e as tempestades da desgraça jámais varreram tanto o repouso do seu corpo como as crenças do seu espirito.

Por isso, embora eu viva como o paria Junto ás margens do Ganges crystalino, Levando vida incerta, rude e varia, Entre os baldões d'um impobro destino: Vivo entre flôres, musicas e festas, Tendo por luz suprema o pensamento; Por palacios as múrmuras florestas, E alampadas os soes no firmamento!

Delavigne, o academico Delavigne, que treme a cada passo de pertencer ao seu seculo, não se julgaria em decente companhia vendo-se ao lado de Victor Hugo, e este, que vai por ventura mais longe do que devera, crer-se-ia sujo de todo o dos bacamartões pedantes dos commentadores d'Aristoteles, achando-se collocado a par do classico auctor da Princesa Aurelia, do bucolico auctor do Pariá.

Tal pária, n'um ponto, n'um ponto, é grande como um Deus: o mundo do alto, parecem-lhe os homens formigueiros, segue com a vista as formigas nas batalhas, nas labutas, nos cuidados e nos prazeres; em tal estado de desinteresse e independencia, custa pouco então apontar com o dedo para a tribu que mais bem dotada parece na partilha das graças, dizer é esta, o Dai-Nippon.