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Atualizado: 29 de junho de 2025


Luiz de Camões, se a vida se lhe prolongasse, teria mais abastada velhice. Philippe II de Castella, vindo a Portugal mezes depois da morte do poeta, perguntou pelo author dos LUSIADAS. Não me consta que os reis naturaes, os legitimos, alguma hora perguntassem por Camões. O intruso concedeu á provecta mãi do poeta fallecido a tença que o filho recebia. Este procedimento, e a curiosidade benevola do usurpador é o unico acto honorifico que liga a biographia de Camões á dos monarchas. D. João III desterrára-o, D. Catharina e o cardeal desprezaram-o, D. Sebastião ouviria novas do seu poema, lêl-o-hia, e não impugnaria a concessão da tença e do officio na Asia. No desprezo, se não odio da rainha D. Catharina transpira a vingança do rancoroso Francisco Barreto contra quem Camões, livre dos ferros, dardejaria violentas, mas não injustas satyras. Barreto, chegado a Lisboa, vingou-se de quantos inimigos deixára na India. O bravo Gonçalo Falcão, que logo que elle sahiu do governo o desafiára a combate singular, foi mandado carregar de ferros e conduzir a Lisboa. Pôde fugir a tamanha ignominia o bravo de Jafanapatão, escondeu-se em Lisboa, e conseguiu ser absolvido, allegando que os duellos ainda não eram prohibidos pelo concilio tridentino, quando elle reptou Francisco Barreto. Não obstante, a rainha mandou-o riscar dos livros da nobreza e reduziu-o á miseria. D. Sebastião, volvidos annos, restituiu-o á capitania de Sofála, onde expirou apenas tomou posse. Barreto fanatisára a rainha brindando-a com uma pedra milagrosa que levou da India. O seixo tinha sete céos de côres diversas e uma figura de mulher com um menino no collo. Era Nossa Senhora, achada nas mãos d'um bonzo! Agua onde mergulhassem a pedra sarava muitas doenças; mulheres de parto muito bem pariam, assevera Miguel Leitão de Andrade na MISCELLANEA; e nas mãos da rainha o calhau fazia os mesmos milagres. A viuva de D. João III, além d'estes seixos milagrosos, gostava muito que os governadores do Levante lhe vendessem bem e pelo maior preço a pimenta.

D. Antonio, e á nação portugueza, de maneira começaram logo, em tomando o governo, a guardar todos os respeitos a Philippe, e a seus mexedores ou embaixadores, e nenhum aos pretensores do reino, assim naturaes, como estrangeiros, que logo se viu, que dominava n'elles o humor castelhano.

Felizmente para a Sociedade, coube-lhe a fortuna de eleger uma serie de Geraes notaveis, capazes de comprehender a nova situação social e de agir de acordo com ella. Philippe Roothan foi o maior de todos, mas sua obra foi dignamente continuada por Beckx, Anderledy, Martin e Wernz. Constitue honra altissima para a Sociedade de Jesus o apêgo invencivel ás Constituições de seu Fundador.

Segue-se a copia de uma carta dirigida a Philippe II e datada d'Almeirim a 25 de março de 1580, a qual, pela resposta d'el-rei, que se acha algumas folhas mais adiante, no seu original, se ser do duque de Ossuna. Transcrevel-a-hemos com a dicta resposta. «Sacra Catholica Real Majestade.

«Estes foram seus desenhos e intentos, nos quaes continuou sempre, entretendo pouco e pouco com promessas falsas, que lhe daria principe portuguez, e em paz até sua mortal doença, na qual fez um testamento tão catholico, tão portuguez, tão pio, tão cheio de esmolas para mosteiros, e viuvas pobres e com boa declaração do successor do reino que em quanto o mundo durar será escandalo para quem d'elle souber: porque tão escasso e cruel, tão descuidado nas cousas do reino se mostrou, deixando por sua alma como um pobre escudeiro para que tudo ficasse in solidum a Philippe, que chegaram até cantar pelas ruas de Lisboa e Santarem publicamente aquellas orações por sua alma que elle bem merecia, mas porém nunca ouvidas da bocca dos christãos e innocentes meninos, os quaes diziam assim: Viva el-rei D. Henrique nos infernos muitos annos, pois deixou em testamento Portugal aos castelhanos.

Em 1580 a independencia de Portugal não existia: e o Diabo do Meio-dia, por me servir da frisante denominação dada por Sixto 5.^o a Philippe II, reinava em todas as Hespanhas.

Temendo talvez que a minoria d'aquelle symulachro de representação nacional servisse de centro a uma energica resistencia ás pretensões castelhanas, o governo dissolveu a assembléa, e a acceitação de Philippe II para rei de Portugal foi definitivamente resolvida.

Em 1621, dôze annos antes da morte de Lope da Vega, sobreveiu a do triste e devoto Philippe III, a quem succedeu um principe mancebo inclinado aos passatempos, e mui addicto ao theatro.

No centro de uma extensa planicie, acompanhando a margem esquerda do Manzanares e alteada sobre differentes collinas de arêa de pequena elevação, ergue-se a cidade de Madrid, a formosissima villa coronada, prodigiosa de encantos, opulenta de prazeres e esplendida de vida. Data do reinado de Philippe II, em 1560, a mudança da capital do reino hespanhol de Toledo para Madrid.

A lucta do vulgacho exclusivamente do vulgacho a favor de D. Antonio prior do Crato contra a corrupção de tudo quanto havia nobre e rico em Portugal, e contra o poder de Philippe II, é um reflexo pallido e impotente da epocha de D. João I; mas é um facto de grande significação historica.

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