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Atualizado: 28 de maio de 2025
Não tardou porém a hora em que Graça Strech ia levantar uma ponta do véo mysterioso que occultava os seus designios. Era ao entardecer. Havia na sala a penumbra crepuscular. Elle escolhera decerto essa hora para que a physionomia lhe não traisse os sentimentos reconditos. Lembra-se, Rosina, do offerecimento que me fez? Lembro, e repito-o, respondeu ella estremecendo de golpe.
Mas então, innundando essa penumbra dôce, De não sei que sublime esplendor sideral, Como se a emanação d'um ser divino fôsse, Deixa no nosso olhar um reflexo immortal. Na vertigem que a vida exalta e desvaria, Pára alguem para ouvir um coração que bate? No seio mais formoso, o olhar que se extasia Vê o mundo que nelle em ancias se debate?
E o Doido viu a Morte e o seu eterno Riso rasgado em marmor de sarcasmo, Ocultar-se na branca e fria nevoa Que, ao receber, no seio, aquele Espectro, Como que cheia de agua, escureceu. E riu tambem na luz da madrugada... E o seu riso, tocando as cousas mortas, Não era luz que acorda, mas penumbra De esquecimento, inercia, indiferença.
Beijou-lhe os olhos de palpebras azuladas, beijou os cabellos, que na imprecisa penumbra, tinham um brilho d'oiro... Outra vez caiu de joelhos. Então as palavras de dôr, abundantes, sairam dos labios tanto tempo represos. Disse-lhe o grande amôr e a grande magua.
Assim, na penumbra d'aquelles codigos, emmaranhados e fluctuantes na phrase, desordenados na contextura, insufficientes no complexo das suas disposições, estavam os costumes juridicos tradicionaes das tribus germanicas, que descortinamos ás vezes n'uma allusão obscura; costumes que resistiam e se mantinham independentes da lei escripta, e até ás vezes apesar d'ella.
As egrejas precisam de luz, a fim de que os fieis possam ler nos breviarios os exercicios divinos; as vidraças tornam-se, pois, mais claras. A Imprensa, inventada no seculo XIV, se esclareceu o mundo, sacrificou um pouco as velhas cathedraes, desfazendo essa penumbra doce e encantadora que era a expressão mais adequada ao mysticismo religioso.
A physionomia dos antigos monumentos toma na penumbra da noite uma grandeza especial; fala mais ao sentimento, que tambem é origem de idéas e excellente mnemonica.
"A maldição que vae na luz do olhar, E mata, sem piedade, o nosso amôr: A creatura amada que nós vêmos Nascer viva das ondas da Harmonia, Como Venus das ondas océanicas. "Ai d'aqueles que, um dia, contemplaram A creatura amada, face a face! "Ai de ti, ai de ti, divino Orfeu! Lira desencantada e redusida A uma cruz de penumbra e de silencio..."
O cadáver, seguro enfim, oscilou um pouco, e a horda começou a debandar sob a penumbra do crepúsculo. Nos pontais das suaves colinas,
Passas em claro as noites a chorar; Dia a dia, teu rosto empalidece... Faze tu, pobre Mãe, por serenar, Santa Resignação sobre ela desce! Rochedo que a penumbra desvanece, Tu, por acaso, não lhe podes dar Um pouco d'esse frio que entorpece O coração e o deixa descançar?... Jamais! Não ha remedio! Nem as horas Que passam! Toda a fria noite choras; Tua sombra, no chão, é mais escura. Soffres!
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