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Atualizado: 5 de julho de 2025


Ella por dar-me De ouvir o gosto, Mais se chegava: Então vaidoso Assim cantava: Não ha Pastora, Que chegar possa Á minha bella; Nem quem me iguale Tambem na estrella: Se Amor concede Que eu me recline No branco peito, Eu não invejo De Jove o leito: Ornão seu peito As sãs virtudes, Que nos namorão; No seu semblante As Graças morão.

A minha Marilia vale, Vale hum immenso thesouro. Minha Marilia, Tu enfadada? Que mão ousada Perturbar póde A paz sagrada Do peito teu? Porém que muito Que irado esteja O teu semblante Tambem troveja O Claro Ceo. Eu sei, Marilia, Que outra Pastora A toda a hora, Em toda a parte, Céga namora Ao teu Pastor. Ha sempre fumo Aonde ha fogo; Assim, Marilia, Ha zelos, logo Que existe amor.

Que triste vejo a serra, o valle, o monte! O rio pasma, corre turva a fonte. Sim, sem a minha amavel Galatéa A clara luz do Sol he triste, e feia. Mas onde te acharei, gentil Pastora, Para clamar então: vejo a Aurora! Aves, tornais o canto em agonia Porque vos falta a Mestra d'harmonia? O Ceo com ella adoce o meu tormento, Tereis nova lição, e eu novo alento, Mas ah! Que vejo!

Os bons usos, as festas populares, a romaria alegre, as patrias danças, vão-se apagando... Aqui, mesmo na brenha, a pastora, esquecendo os seus amores, canta a questão dos Reis, o hymno da guerra, sons novos, que o seu gado e o ecco extranham.

Quem não pasmará agora De ver a ventura minha, Que tẽe tornado n'hum'hora Florimena, huma pastora, Ser minha nora e sobrinha! Dem-se graças ao Senhor, Cujo segredo he profundo; Pois que vemos que quiz dar A ventura e o amor Por prazeres deste mundo.

Intimamente, rezavam pela cartilha de Theócrito, não quando elle preconisava as alegrias do casamento, mas quando, por exemplo, fazia o elogio do beijo roubado a uma pastora sem a responsabilidade do matrimonio. Cada um dos dois velhos teve um neto.

Se estou, Marilia, comtigo, Não tenho hum leve cuidado; Nem me lembra, se são horas De levar á fonte o gado. Se vivo de ti distante, Ao minuto, ao breve instante, Finge hum dia o meu desgosto: mais, Pastora, te vejo Que em teu semblante composto Não veja graça maior. Que effeitos são os que sinto! Serão effeitos de Amor?

Vendo o triste Pastor que com enganos Assi lhe era negada a sua Pastora, Como se a não tivera merecida; Começou a servir outros sete annos, Dizendo: Mais servíra, senão fôra Para tão longo amor tão curta a vida. Está o lascivo e doce passarinho Com o biquinho as pennas ordenando; O verso sem medida, alegre e brando, Despedindo no rustico raminho.

Ja declinava o sol contra o Oriente, E o mais do dia ja era passado, Quando o pastor co'o grave mal que sente, Por dar allívio em parte a seu cuidado, Se queixa da pastora docemente, Cuidando de ninguem ser escutado.

Pescador ja foi Glauco, e deos agora He do mar, e Protêo phocas guarda; Nasceo no pégo a deosa, qu'he senhora Do amoroso prazer, que sempre tarda. Se foi bezerro o deos que se adora, Tambem ja foi delphim. Se se resguarda, Vê-se que os moços pescadores erão, Que o escuro enigma ao primo vate derão. Agora passa o vaqueiro a queixar-se da frieza com que a sua pastora recebe as suas finezas.

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