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Atualizado: 6 de julho de 2025
Refugiou-se no mais recondito do palacio, para chorar a salvo do opprobrioso sorriso de Palmyra. Depois, voltou ao seu escriptorio, e escreveu a Mafalda esta carta, significativa de mudança temporaria, senão fundamental, em seu espirito: «Prima Mafalda. Vai ao pé do tumulo de minha mãe, e repete-lhe as palavras d'esta carta. A justiça de Deus esmaga-me.
Theodora abriu a janella da sala e aspirou com força; encostou-se ao peitoril, com os olhos cravados nos cabeços da serra da Tranqueira. Em que meditas, Palmyra? perguntei-lhe eu. Em minha mãe, que era virtuosa como a tua respondeu ella. Esta dôr nobre, tão singelamente revelada, fez-me bem ao coração.
Releve-se este orientalismo a quem está tratando de cousas asiaticas como a cara de Affonso, e o garbo peregrino de Palmyra. Palmyra me disseram que se chamava a gentil creatura.
A salvadora está alli n'aquelle ermo, glorificando a herança, que minha mãe lhe legou: o anjo desceu a tomar o lugar da santa: a um tempo se abriu o céo á padecente que subiu, e á redemptora que baixou no raio da gloria d'ella. A mulher de perdição não sei que destino teve...» Pois ignoras o destino de Palmyra? interrompi eu, desconsolado como todo o romancista, que desadora invenções.
Offendem-me as tuas injustiças redarguiu Affonso soffreando a impaciencia Que direito te dou para tanto? Direito? queres, por acaso, dizer-me que estou em tua casa?! Essa pergunta é aviltante, Palmyra!... Onde está a tua intelligencia, a tua critica, e propriamente a tua vaidade? redarguiu Affonso de Teive Desconheço-te, estás a descer sem impulso estranho...
Que tem isso? não o tens aqui visto tantas vezes? Responde. Tenho, tenho, e Deus sabe se cá por dentro me não tem dado guinadas de lhe partir na cabeça o gig. Por que? Vem cá... Entra n'esta loja commigo... Falla claro! dizia Affonso com suffocativa vehemencia Que desconfias tu de D. José? Desconfio, fidalgo, que a snr.ª D. Palmyra não é fiel a v. exc.ª
Sentia-se o respirar da felicidade, como escondida das invejas do mundo, n'aquelle magnifico aposento. O dono d'ella gozava-se da fama de opulento fidalgo do Minho; porém, o thesouro, que a publica admiração mais lhe encarecia, era Palmyra. Frequentavam a casa de Affonso de Teive alguns dos amigos, que D. José de Noronha lhe dera, moços da primeira fidalguia.
Aqui está a tua Palmyra, com o virgem coração que lhe conheceste, mais valioso do que era, mais depurado dos instinctos maus, graças aos trabalhos que me angustiaram a vida. Queres-me assim, Affonso?... Abraçaste-a fervorosamente, convulsamente interrompi eu.
Já disse: nem uma palavra. Os teus cuidados agora passam para mim. Bem me fio eu n'isso! murmurou o lacaio na ausencia do amo. Affonso entrou no seu quarto; viu-se a um espelho: esperou que o rubor da excitação se descorasse, compoz o semblante, e passou á sala onde estavam Palmyra, D. José de Noronha, e um particular amigo d'este.
Juro-te que não sei nada da tua vida, respondi. E d'essa mulher, que chamaste Palmyra? Nada sei, senão que... Diz o que sabes... que hesitação é a tua? Apenas soube que era casada, que sahira d'aqui para Lisboa comtigo, e mais nada. As pessoas, a quem perguntei por ti eram os teus velhos amigos, que encolhiam os hombros, e diziam: «quem sabe lá.» Desde 1856 que te esqueci completamente.
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