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Passou Affonso ao seu quarto para deliberar meditando. Que lance para meditações! D'ahi a pouco ouviu o rugir das sêdas de Palmyra. Lançou-se apressado sobre o leito, com a fronte entre as mãos. Estás melhor? disse ella maviosamente. Não. Cuidei que estarias deitado. Que has-de tomar, meu filho? Volveu ella, inclinando-se ao rosto de Affonso Que tomas de ceia? Nada.

Assim que Palmyra sahiu, Affonso, a tremer calefrios, deslacrou a carta de sua mãe. Dizia assim: «Meu filho. Muito ha que eu peço a Deus que me despene. me cançava a vida com tão aturado padecer, e nenhuma esperança de remedio.

Palmyra sorriu, e disse: Bem sei... bem sei, Affonso. Que sabes tu? perguntou brandamente o moço Diz o que sabes, minha amiga.

Não ha memoria d'uma catastrophe assim nos fastos dos Lovelaces patifes d'este nosso quintal do tio Lopes. O D. Antonio de Mascarenhas assevera-me que Palmyra nunca mais teve uma palavra de consolação para o derreado amante.

Minha mulher surprehendeu-me n'este descobrimento, viu e comprehendeu, sorriu-se, e disse: «Meu pae nunca me deixou vêr isto, bem que eu soubesse da existencia d'este livro. Triste sorte a d'esta senhora! Mal diria a mãe que tão virtuosamente a educouUnicas palavras que Mafalda proferiu com referencia a Palmyra!

Apenas me recordo que aos primeiros assomos da manhã se romperam os diques das lagrimas, e chorei por muito tempo. O criado partiu de Cintra com ordem de colher noticias. Voltou, entregando-me um papel aberto, que o escudeiro lhe dera, escripto por Palmyra.

Ferida em sua vaidade, considerando-se inutil em consolar o homem fraco, o homem debulhado em lagrimas, Palmyra cruzou os braços e abanou a cabeça. O atribulado moço não vira aquelle gesto; mas ouvira as palavras que o denunciavam: Não basta o amor da mulher amante para consolar as saudades de uma mãe. Eu tambem a tinha, quando te amava, e abriguei-me no teu coração. Que differença!...

Menos affrontadores da moral, os romancistas e poetas coevos nossos deificam as Gautiers, e fazem que as familias honestas chorem por ellas nas paginas dos livros e nas tabuas dos palcos. Palmyra ha-de ter um livro, ou eu não escrevo mais nenhum depois do teu... Dá-me agora noticias do Tranqueira. Que é feito do Tranqueira?

Um quarto de hora depois, entrava Palmyra, fremente de raiva, com a carta aberta, exclamando: Isto é uma grande miseria, e uma grande infamia, snr. Affonso de Teive! A minha dignidade vem pedir que esta affrontosa carta seja reformada. Affonso lançou mão da carta, e recuou horrorisado da villania de Palmyra.

Voltou Palmyra á sala, e, momentos depois, reappareceu no quarto d'Affonso, perguntando se D. José de Noronha e D. Antonio Mascarenhas podiam, não incommodando, visital-o. Affonso respondeu, sem alteração, que lhes agradecia o cuidado; mas, confiado na amiga familiaridade com que o tratavam e eram recebidos, esperava que o deixassem estar em silencio, a vêr se assim a dôr de cabeça se mitigava.

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