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Atualizado: 25 de julho de 2025


Voltou-se então num desespero último, p'ró expulsar, p'ró pisar sob os seus pés: depois reanimaria o seu filhinho: dar-lhe-ia a beber todo o seu sangue. Mas ficou paralítica de assombro. O luar alagara todo o quarto: água lustral de lua, alma de lua, no chão, no ar, em tôda a parte... O seu sangue gelava-se nas veias. Não podia lutar, era impossível. Êle invadira a alcova, asfixiara-a.

Não tiveram remédio senão dar-lhos: por quanto tempo, meu Deus, por quanto tempo?... P'rò distrair, dias, o tio Eduardo tirou os anéis e deu-lhos, e como o viram ficar muito contente, os outros deram-lhe tambêm os que traziam. Mas quando iam nessa noite a despedir-se, êle ficou tão triste ao entregá-los, que o tio Eduardo propôs que lhos deixassem e todos imediatamente consentiram.

An?!... Eu nunca durmo. Não tenho tempo p'ra dormir. Quero viver! viver!... Não posso perder nem uma manhã nem uma noite. A gente sabe quando tem de deixar isto... Sabe-o Deus! Eu perdi muito. Tenho remorsos. Quando penso nisso... tenho remorsos... Quando eu era empregado, passava dias inteiros sem olhar p'rò céu. via gente e ruas... E as noites... tambêm as perdia.

E enflanelando bem a carcassa caduca, Com o barrete azul celeste até á nuca, Fez ortodoxamente o seu signal da cruz Como qualquer de nós, tossiu, soprou á luz, E de pança p'ro ar, n'um repoiso bemdicto, Espojou-se, estirou-se ao longe do infinito N'um immenso enxergão de nevoa e luz doirada. E até hoje, que eu saiba, inda não fez mais nada.

Tomou p'rò seu tabaco»; mas a única realidade bem tangível, ao sentir-se chorar, assim, de bruços, de côco para a nuca e sobretudo, era esta coisa mágica e inefável: «Sou uma vítima do Amor, tenho romance!» E com a cara a arder, era um herói. quási madrugada, adormeceu.

Horas e horas, com febre, com riso, com desespero, vasculho na memória, recomponho o complexo encanto dessa rapariga que sabia de cór tôda a Comédia Humana; tinha um vício pessoal, erudito, arqui-subtil; cinicamente ingénua, ingenuamente cínica; amoral e heróica, e que caminhava p'rò seu leito de cocotte com o ar redolente de Desdemona na canção do salgueiro... Oh!

Depois, gozando muito o seu triunfo, encheu-lhe de pontapés o corpo todo, teve-o nas patas ennovelado como um trapo, até que farto, resolveu larga-lo, soltando-lhe magnânimo o perdão: basta. Tomou p'rò seu tabaco...

O que vai com ella p'ró quarto. O que a belisca... Mas Amelia entrava: e a paralytica calou-se logo, repousada, com os olhos cerrados e respirando regaladamente, como n'um allivio repentino de todo o seu soffrimento. O conego, esse, immobilisado d'assombro, permanecia na mesma postura, dobrado sobre a cama como para ascultar a Tótó.

Eu não te via os olhos, mas adivinhava-os: estavam maiores, mais nevoentos, como janelas deitando p'rò silencio que se cavava em torno, fazendo leito ao nosso pensamento pelo espaço... E confusamente sentíamos que o tempo passava, passava sempre entre os nossos corpos enlaçados.... Por fim era

Casou-se oitra vez e fez um casorio... Foi co'uma brazileira... co'a Anninhas das Travessas, que tinha ido p'ró Brazil ha um rôr de annos e que vêo de rica que não sabia o que tinha de seu... O home, como em Braga todos o conheciam, pegou e foi co'ella p'ró Porto, e acho que estão na santa paz de Deus... Porfilhou-lhe a filha que ella trouve e inda apanhou uma riquesinha bem bôa!

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