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Atualizado: 11 de junho de 2025


Meus dias vão passando como as agoas Que o vento leva em ondas, ao mar-alto, E se de noite eu oiço aquellas mágoas não descanço mais, em sobresalto. Placidamente, bate-me no peito Meu coração em luctas tão desfeito, Que com a Vida, a Dôr hei confundido. E se se ganha a Paz com o soffrimento, Deixae-me entrar emfim n'esse Convento... Pois ha quem tenha, assim como eu, soffrido!

N'aquelle canto escondido o calvo e gordo marido ás moças falla d'amor; e como deve o traidor pela traição ser punido, n'outro canto anda a mulher a brincar co'o deus Cupido... o brinquedo o que dér! Cada flôr, rosa ou jasmim, com seu calix entreaberto embalsama este jardim, e ás abelhas que andam perto como que as oiço dizer: Oh! Bebei dôce prazer que rendida vos offerto! Isto é vida!

Trazei-me flôres de cheiro, Que estou como tonta e cega... Algum pomo, que esmoreço... um braço me elle passa Pelos hombros e me abraça Pela cinta... desfalleço... Ah desfalleço d'amor! Pela corça e o veado, Moças de Jerusalem! Não a acordeis, cuidado! Deixar dormir o meu bem, Um somno bem socegado. Quem é que eu oiço bradando?

Raimundo com a maior limpeza de trabalho: quod di omen avertant o que os deuses não permittam! Seja como fôr, oiço dizer que os defunctos leoens, se não deixaram leonculos com as mánhas paternas, inocularam na geração actual o que quer que fosse da sua posthema.

Dos montes a linguagem... oiço... escuto... medito... e em vão quero entender; é como uns sons d'ignota fala; qual ás penhas o mar, me inunda e me resvala, sem me abalar, nem me embeber.

Talvez que eu podesse alguns dias resistir á morte, se tu ficasses; mas, d'um modo ou d'outro, era inevitavel fechar os olhos quando se rompesse o ultimo fio, este ultimo que se está partindo, e eu mesma o oiço partir. Não vão estas palavras accrescentar a tua pena. Deus me livre de ajuntar um remorso injusto á tua saudade.

Calou-se. Hesitou alguns momentos. Pareceu encher-se de coragem e continuou: Mas não posso vêr-te! Vivo comtigo, como n'uma somnolencia um pouco de realidade e um pouco de sonho. Pode ser que os annos tenham feito brancos os teus cabellos compridos; que alguma doença tenha esverdeado a tua pelle macia. Nas palavras que dizes, oiço ás vezes uma promessa, outras um retraimento. Não posso vêr nos teus olhos palpitar a tua alma.

A bocca é tão vermelha que, em te rindo, Lembra-me uma romã aberta ao meio Quando de madura está cahindo. Esses olhos azues... que olhar! Receio E desejo estar sempre a contemplal-o; Não ha mais dôce e mais custoso enleio: Eu não oiço fallar então, nem fallo De enlevado que estou e, juntamente, Gemendo e abafando os ais que exhalo.

Emfim serei feliz! Nenhuma primavera roubar-me ao meu paiz Jamais conseguirá!... Uma outra pátria, espera, tambem te surrirá. Cantigas! boas cantigas por cima oiço cantar. Do que vae pela terra entendem mais as formigas, sabem mais reptis na serra que os passarinhos no ar. Deixa piar a andorinha. Bem facilmente se ad'vinha a tua sorte futura. Tu és, amigo, a doninha.

Oiço uma voz e por força Que é a voz d'elle esta voz: Ah! vem além saltando Montes e valles, nem corça Nem veado é mais veloz. Eil-o detraz da parede Além da outra banda E o que elle faz, como elle anda A vêr no vallado todo E na cancella se ha modo De me pôr olho: ora vêde. Oh minha amada! depressa Vem vêr o campo, anda, vem: Mettida em casa, meu bem! Que demora tua é essa?

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