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Atualizado: 24 de junho de 2025
E escrevi pelos albuns elegantes Idyllios em papeis assetinados, E, como a luz dos ponches inflammados, Fiz odes ideaes e extravagantes. Mas hoje emfim mudei, e inda ha bem pouco, A diva por quem choro e vivo louco, A flor, a flor ideal das maravilhas... A minha deusa de cabello preto... Pediu-me, rindo, a graça d'um soneto, E eu mandei-lhe uma caixa de pastilhas!
Nas Odes, como em todo outro genero de poesia, todos sabem que ha diversos estilos para os diversos assumptos.
Publicou-se ha tempo e tem-se espalhado em Lisboa uma carta dirigida pelo sr. Anthero do Quental ao sr. Antonio Feliciano de Castilho, carta em que o poeta das Odes modernas protesta violenta e virulentamente contra a censura, irrogada pelo cantor do Amor e Melancholia á desastrada escola, de que o sr. Anthero do Quental teve a triste honra de ser um dos fundadores.
Ao dar á publicidade o livro revolucionario as Odes modernas, em 1865, accentuada poesia de combate, Anthero rasgou todas as composições anteriores, para que não ficassem vestigios d'esse periodo contemplativo. Dera então o maximo relêvo á «revolução moral e intellectual», como o facto mais importante da sua vida, segundo confessa na Autobiographia.
O magnificente amante de Palmyra, o moço blandiciado nas salas do seu palacio do Campo Grande, reclinado por sobre coxins de sêda, inventando regalias com que desanojar a sua ociosa saciedade, certamente não podia escrever odes á fortuna amiga, quando sahia de escrever cifrões no escriptorio mercantil.
Notou-se então no paiz, e particularmente desde o Chiado até ao Rocio, que o Hugo da travessa do Estevão Galhardo gorgeava umas endeixas passarinheiras que ninguem creria destiladas do mesmo craneo que trovejara Nemesis clangorosas de odes republicanas! Elle, o Victor, que dissera em dous versos: Eu hei-de avassallar os reis ao genio, E pol-os histriões sobre um proscenio, E... etc.
O snr. Anthero do Quental que tentou subir até os altos pincaros onde floresce o Ideal, e o snr. Castilho, que seguiu pelo caminho da Verdade, encontraram o Bello? O que pesará mais na balança? os vôos ousados do auctor das Odes modernas, livres das peias do estylo, ou o rastejar do cantor da Primavera, adornado com as galas da linguagem, enfeitado com os ouropeis da fórma?
Com que energia não é expresso o sentimento religioso nas sublimes odes de Pindaro e nas solemnes e magestosas tragedias de Eschylo! Passemos a Roma, e lá acharemos o sentimento religioso revelado nas obras de Virgilio, de Cicero e de Tito Livio.
Acabo de ler as obras de v. s.ª, e, pasmado ainda com os raios luminosos que me deram de chapa nos olhos do espirito, pego na penna para expandir os efluvios da minha admiração, como quem abre uma valvula de segurança, para evitar quaesquer detonações d'esta preciosa machina, que em linguagem rasteira se chama homem, e a que v. s.ª nas suas admiraveis Odes chama proscripto rei, mendigo escuro.
São odes sublimes, de um largo e poderoso sopro, onde a sua alma se abre toda na adoração da Vida, da Belleza e da Alegria, se contorce nos transes da Dôr, se embebe na melancholia da Solidão ou se abysma na meditação hamletica da Morte. De todas as peças d'este hymnario, a ultima é talvez a maior, a mais profunda. E encerra uma exegése da morte subtilmente verdadeira.
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