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Não via até agora senão sombras impalpaveis, que fluctuavam nas brumas das abstracções, e se revestiam de um certo ideal, alugado a tanto por ode nos algibebes da Allemanha.

O plano de qualquer obra publica desta epocha dir-se-hia sempre traçado na mente de um negociante hollandês. O despotismo ignorante e presumido estragara a arte com a puerilidade; o despotismo illustrado estragou-a com a razão. Mafra é um poema da Fenix-Renascida: a Lisboa do marquez de Pombal um soneto de Diniz ou uma ode de Garção.

Para um amor puro, ethereo, que se esconde e não se atreve a declarar-se, nada o exprime melhor no seu vago ideal do que um soneto. Estudei esta fórma, a mais completa das fórmas lyricas. Elevado como a ode, melifluo e simples como o madrigal, sentencioso como o epigramma, é a synthese de todas as fórmas do lyrismo. Como o não desenvolveu o genio da Italia, nas suas elevações erotico-mysticas! Nas duas primeiras strophes do soneto, o sentimento revela-se pela imagem, occulta-se sob ella como indefinido, intangivel; o predominio da imagem tem a quadra, fórma livre para as representações do mundo exterior. Depois é que o sentimento se mostra no seu esplendor absorvendo em si todas as potencias da alma; é o terceto que o traduz, a triade fatidica, que se imprime mysteriosamente em todos os factos do espirito. Do accordo entre a imagem e o sentimento, provém a diversidade das fórmas poeticas. Se a imagem se mostra na sua complexidade finita, a poesia tem um caracter didactico e descriptivo; se o sentimento se sobreeleva á imagem e se manifesta na sua subjectividade, eis o lyrismo puro.

Alêm disso o serviço impede-lhe o trabalho. Korriscosso compõe de memória; quatro passeios pelo quarto, um repelão ao cabelo, e a ode sai-lhe harmoniosa e doce.... Mas a interrupção glutona da voz do freguês, pedindo nutrição, é fatal a esta maneira de trabalhar. Às vezes, encostado a uma janela, de guardanapo no braço, Korriscosso está fazendo uma elégia; são tudo luares, roupagens alvas de virgens pálidas, horizontes celestes, flores de alma dolorida...

Theophilo Braga e consentir que elle o perceba, chamar ode ao que nem é charada porque não tem conceito; mas não estranhe, quando estiver todo ufano com o grande uniforme de sybilla, que lhe puxem pelo rabicho e que lhe digam: «Larga a cabelleira

Mas he vicio de copia, porque o poeta estava escrevendo em Africa, e não na India, como se infere desta mesma Ode, onde diz: Olha como suspirão estas ondas, E como o velho Atlante O seu collo arrogante Move piedosamente Ouvindo a minha voz fraca e doente. E portanto deve ler-se Desse nosso Oriente como Faria diz que vira em um manuscripto.

Passados tempos dei ao jornal uma outra poesia, fremente de paixão, arrojada, vertiginosa, escripta depois do meu desastre. Os meus collegas avisaram-me de que a academia, lendo a minha ode, declarára que eu traduzira Victor Hugo.

Que um Boileau, um pedagogo, um lambão de côrte, permanecesse nos cimos da Poesia Franceza, com a sua Ode á tomada de Namur, a sua cabelleira e a sua ferula, quando o nome do poeta da Lenda dos Seculos fosse como um suspiro do vento que passou parecia-me uma d'essas affirmações, de rebuscada originalidade, com que se procura assombrar os simples, e que eu mentalmente classificava de insolente.

Aos novos ursos todo o povo acode O estylo é sybillino, o nome é ode! Um grito de consciencia obrigou o sr. Anthero do Quental a confessar o parentesco, dando ao seu livro o titulo de Odes modernas. O estylo é sybillino ainda, e parece que o nosso grande satyrico tinha as poesias do sr.

Não cura ja do seu querido gado; Aborrecem-lhe as plantas, hervas, flores; Aborrece-lhe a gente e o povoado. Não lhe lembrão as festas dos pastores; Apartando se vai pola espessura, Enlevado somente em seus amores. Quem vio nunca tamanha desventura? Com esta vai passando tão contente, Que diz que, quando o mal mais o atormenta, Se gôsto sentirp óde, então o sente.

Palavra Do Dia

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