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Atualizado: 24 de julho de 2025
Vamos lá ao conto, ordenou o Vasconcellos: o Muxagata estava na feira. Estava effectivamente na feira, continuei, jogatinando com outros morgados e alguns lavradores ricos de Castello de Paiva e Arouca, n'uma casa humilde do Escamarão, que não as ha lá melhores.
O Muxagata estava na feira e queria dinheiro como eu. Como nós todos! gritaram uns poucos. A burro e ao jantar! commandou o Vasconcellos. Ó filho! pelo amor de Deus! deixa os rouxinoes para ámanhã, dizia o Vasconcellos, depois de jantar, ao Gonçallinho Jervis. Aqui da janella não se ouve nenhum! Já estive á escuta. Pudera!
No inverno os mais d'elles desapparecem no fundo dos seus solares cultivando as batatas, que no verão seguinte hão de resuscital-os. O morgado nacional, depois que a phylloxera lhe comeu as vinhas, ficou reduzido ás batotas. Mas o Muxagata foi a phylloxera de si mesmo: comeu logo de uma vez as vinhas e as batatas.
Mas o sorriso triumphal dos felizes principiava a calmar-lhes as feições perturbadas. O Muxagata estava n'este caso. Irradiava-lhe na face o lampejo aureo de setenta libras. Foi depois de acabada a jogatina que elle me deu maior attenção. Perguntou-me se me demorava na feira ou se recolhia á noite. Disse-lhe que, a meu pesar, partia duas horas depois para o Porto, por causa das matriculas.
E como os rios correm para o mar, era ella e o brazileiro que estavam com sorte. Não havia que duvidar. A experiencia era completa, decisiva. Ó alma batoteira do Muxagata! volta por um instante a este mundo para verificares como a tua Christina de Lamego honra a tua memoria transitando firmemente pelo caminho que tu lhe traçaste em roda de uma mesa de jogo.
A minha revelação causou tanta surpresa e interesse aos meus companheiros de villegiature, como a mim proprio. Ir eu encontrar, ao cabo de tantos annos, a mesma Christina da rua das Fontainhas, a quem fôra entregar o dinheiro do Muxagata, na occasião em que ella estava ceando com o Falcão do Marco!
A historia do rapto augmentára-lhe a nomeada de fidalgo extravagante. Algumas vezes vi o Muxagata a cavallo ao lado da famosa lamecense, vestida de amazona. Iam ordinariamente á Foz por Lordello do Ouro; voltavam por Miragaia. Quando recolhiam ao cair da noite pela rua das Flores, os lojistas, sentindo o tropel dos cavallos, vinham á porta.
Se isto se der, meus amigos, não ha mais que duvidar: é ella, sem tirar nem pôr, a Christina do Muxagata. Este alvitre agradou geralmente, e resolveu-se que ficariamos para realisar a experiencia decisiva. Era porém preciso proceder com boa tactica, não começar logo por falar no jogo. Assim se fez.
Eu tinha os meus dezoito, e lisonjeava-me de que o Muxagata, a flôr dos sportmen da Foz, me tratasse mano a mano.
Coisas realmente espantosas. Dissera-lhe a Rosa que seu pai, D. Alvaro de Alarcão, era natural da Beira Alta. Então a menina nasceu lá? perguntára-lhe o Leotte. Não, senhor. Eu nasci no Porto. Como foi então isso? Meu pai, que era morgado... Morgado de que? De Muxagata. De Muxagata?! Está bem certa d'isso!? Muito certa. Meu pai fugiu para o Porto com uma fidalga de Lamego. E depois?
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