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Atualizado: 5 de junho de 2025
Esta sensação, preciosa para o crente, é preciosa para o intellectual, porque o põe n'uma communhão flagrante com um dos mais maravilhosos momentos da Historia Humana. Infelizmente, essa Athenas incomparavel jaz morta, para sempre soterrada, desfeita em pó, sob a Athenas romana, e a Athenas byzantina, e a Athenas barbara, e a Athenas musulmana, e a Athenas constitucional e sordida.
Seguissemos-lhe o rasto: conduzia a paraisos de candida e repousada fraternidade. E contava, rememorando a jornada em que a abençoada curiosidade do historiador lhe trouxera por lá o pensamento: «Restello, como quasi todas as aldeias das cercanias de Lisboa, parecia quasi uma terra musulmana ainda no fim do seculo XIV. Ainda então avultava, entre a raça goda e christã, a raça africana-arabe.
Não fôra com uma corda em torno da garganta á moda musulmana; nem com veneno n'um calix de vinho de Syracusa, á maneira italiana da Renascença; nem com algum dos methodos classicos, que na historia das Monarchias teem recebido consagrações augustas a punhal como D. João II, á clavina como Carlos IX... Tinha eliminado a creatura, de longe, com uma campainha. Era absurdo, phantastico, faceto.
Não, tornou a amaldiçoada, approximando os labios vermelhos como a flôr de romanzeira dos labios de Raymundo. Sou bella, e amo-te! Sou tua, e tu és todo meu, porque te vejo torcer desesperado nos braços de fogo do prazer. Amas-me, e eu... sou tua. Amo-te, amo-te, bradou Raymundo, caindo oppresso aos pés da musulmana. Ai! Branca, timida Branca, chora o teu amor profanado!
El-Kurds! gritou o velho beduino, com a lança no ar, annunciando pela sua alcunha musulmana a cidade do Senhor. Galopei, a tremer... E logo a vi, lá em baixo, junto á ravina do Cedron, sombria, atulhada de conventos e agachada nas suas muralhas caducas como uma pobre, coberta de piolhos, que para morrer se embrulha a um canto nos farrapos do seu mantéo.
Desde essa noite ninguem mais soube d'elle. Diziam que renegára, e que, enlaçado nos braços da musulmana, fechára os olhos á luz do christianismo, e se arrojára ao abysmo infernal, onde ha o fogo eterno e o eterno ranger de dentes. Foram estas as noticias que Branca recebêra, no dia em que fazia um anno que Raymundo a deixára. Não disse palavra ao receber a nova fatal.
Qual clamoroso Allah! um terço avança De tropa Musulmana a mais affouta, E de pulso melhor: vai-lhe na frente, Nervoso, nu té o hombro, e em moto ondeante Brandindo o ferro, e sobranceiro a todos, Do commandante o braço, que expedito Sabe ferir, e perdoar não sabe.
Dir-se-ia que dois sentimentos oppostos combatiam no coração de Raymundo: de um lado a repugnancia, a rebellião da vontade, do coração, do espirito contra aquelle demonio oppressor; do outro lado uma attracção irresistivel, fatal, que o arrastava a seu pesar, e o prostrava aos pés da musulmana. Venceu o anjo mau.
Eil-o outra vez a cavallo, Alemtejo em fóra, a correr charnecas e arremetter cidades: Moura, Serpa, Alconchel, e, internando-se pela Estremadura hespanhola, Caceres o Tordjala, ou Trujillo . Essa era a sua paixão, o seu furor. Que importa, se, apenas voltava costas, logo se erguia de novo a bandeira musulmana nas muralhas que escalára á traição?
Por sobre os terraços adormecidos da musulmana Alexandria soltei a voz dolorida, voltado para as estrellas; e roçando os dedos pelo peito do jaquetão onde deviam estar os bordões da viola, fazendo os meus ais bem chorosos suspirei o fado mais sentido da saudade portugueza: Co'a minh'alma aqui te ficas, Eu parto só com os meus ais, E tudo me diz, Maricas, Que não te verei nunca mais.
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