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Atualizado: 21 de junho de 2025


A primeira metade do seculo XIV fôra uma cadeia de desgraças. «No anno do Senhor, de 1830, diz o livro de Ceiça, foi a pestilencia grande e morreram então em dois mezes cento e cincoenta religiosos. Os lazaros eram tantos e tão antigos que D. Diniz deixara-lhes em testamento duas mil libras. Em 1333 houve fome, e os mortos não cabiam nos adros das egrejas, enterrados aos seis em cada cova.

No cemiterio alvejam mausoléos De pedras rendilhadas e custosas; Elegantes, guindados corucheos; Epithaphios, legendas caprichosas. Ali jazem os ricos. Nas pompozas Inscripções se vae ler os nomes seus. Em outras campas se vêem rozas, Goivos, martyrios, contemplando os ceos. A jazida dos pobres. Trabalhando Morreram e ali estão alimentando A terra onde essas flôres se vão nutrir.

E é assim que as gerações aprendem o que têem de agradecer e o que têem de perdoar aos obreiros do passado, tirando d'esse juizo austero sobre a missão dos que morreram, a regra moral a que têem de submetter-se aquelles que estão vivos.

Pobre homem sem ! que pensarão do teu martyriosinho de album, da tua pequenina cruz de berloque, aquelles que realmente tiveram um martyrio e uma cruz, onde padeceram e morreram, resignados e austeros?!... Spinoza, que muitas vezes comeu hervas por não ter pão; Campanella preso vinte e sete annos, sendo cinco vezes julgado e soffrendo sete vezes a tortura; João Jacques dormindo n'um fosso por não ter outro asylo; Diderot desmaiando de fome; Proudhon, vivendo com um tostão por dia, caminhando oitenta leguas a para ir ver o seu amigo, , odeado, perseguido, caminhando sem meias, com os pés nús embrulhados em palha dentro dos tamancos das suas montanhas do Jura!

Filho, filho, não queiras nunca sentir o que eu senti, quando pegando, um a um, n'esses cadaveres para os lançar no rio, conheci as minhas victimas... Era hynverno, a cheia ia de valle a monte: quando abateu e se acharam os corpos ja meios desfeitos, ninguem conheceu a morte de que morreram; passaram por se ter affogado.

Recordo-me d'estes com saudade, alguns dos quaes, talvez mais felizes do que eu, morreram, e outros, andam muito longe, alguns nem eu sei por onde, luctando com a vida, abreviando os annos da existencia... E nestas recordações sinto um bem-estar indefinivel que, commovendo-me, attenuam os dissabores da minha vida presente. Oh! Quem me dera voltar aos dias da juventude!

Eram assim iniciadas as meninas ao sahir do collegio: mostrava-se-lhes o seductor fatal com o prestigio das salas e dos amores defesos; mostrava-se-lhes a mulher deshonesta com as regalias dos diamantes e das polkas. Parabens, visinho! D'aquelles homens, uns morreram; outros, prostrados ao canto da leoneira, urram nas angustias da gotta, e pitadeam do meio-grosso.

O que tambem não diz esse estupido epitaphio é que nem a Inglaterra nem ninguem se lembrou da viuva nem dos filhos d'este homem illustre, que morreram ignorados, depois talvez de terem vivido como mendigos entre homens poderosos de estado que foram condiscipulos e se diziam amigos de seu pai... Ah! mundo enganador!... » Tristissimo lance, se os filhos de tão estremecido pai mendigaram!

Aqui nasceu meu avô, aqui morreram todos os que tiveram melhor senso do que este desgraçado! «Soberbo choupo para me enforcar com o cordão do meu chambre», dizia elle como se quizesse zombar de si mesmo e contemplando ao mesmo tempo a arvore, que parecia convidal-o ao passo mais acertado que podia dar em toda a sua vida.

E, voltando a dirigir-se aos phariseus infelizes, o liberal gritava-lhes com ironia: «Contemplai a vossa bella obraDepois, por uma gradação habil, o liberal descia de Jerusalem a Leiria: «Mas pensam os leitores que os phariseus morreram? Como se enganam! Vivem! conhecemol-os nós; Leiria está cheia d'elles, e vamos apresental-os aos leitores...»

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