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Atualizado: 20 de junho de 2025
A Rega dos pomares, deu-m'a ao descahir de um dia de verão a quinta suburbana das Setes Fontes. A Noite do estio, passou-se me tal em realidade na quinta de Santa Margarida, n'um cedral que lá havia n'esse tempo, e já não ha, bem ao rés do Mondego.
Os combates incessantes no norte foram interrompidos em 1116 pelos arabes do sul, que tomaram Miranda para lá do Mondego, passaram este rio, appossaram-se do castello de Santa Eulalia junto a Montemór, e no verão do anno seguinte vieram durante vinte dias atacar Coimbra, onde estava D. Tareja.
E a paisagem de Coimbra ainda hoje vive a repetir essas lições; na Quinta das Lágrimas ainda hoje, da fonte correm sem descanço, ressoando em éco, os versos desta oitava: «As filhas do Mondêgo a morte escura Longo tempo chorando memoraram; E por memória eterna, em fonte pura As lágrimas choradas transformaram: O nome lhe puseram, que inda dura, Dos amôres de Inês, que ali passaram Vêde que fresca fonte rega as flôres, Que lágrimas são a água e o nome amores».
Concluidos os seus estudos, voltou á Corte: e com que saudade se apartasse daquella deliciosa habitação, onde lhe ficava o doce emprêgo de seus cuidados, se póde ver do Soneto 133, feito nesta despedida. Restituido á patria, cheio de tão saudosas lembranças, ahi escreveo aquella maviosa Canção que principia: Vão as serenas ágoas Do Mondego descendo etc.
Mira-Mar era já uma camara alada... Subito, sentiu um repelão forte na janella estreita do lado do Mondego. E, a seguir, outro, que lhe partiu a fecharia, escancarando-a. Uma lufada de vento dispersou, rapida, aquella atmosphera de morte e sonho.
Nosso Senhor vos dê muita saude e vida e muito dinheiro, e vos livre d'estas trovoadas que o tiram e gastam.» Comprai-me, subornai-me com lampreas. Vê-se que sempre tiveram grande fama as lampreas do rio Mondego; e que de Coimbra as mandavam como mimo para outras terras do paiz. Era gentileza vulgar dos conimbricenses.
Sá de Miranda, que estava em suas terras nas margens do Mondego, ao saber da viagem do seu excellente amigo o monarcha e da joven rainha, que pela primeira vez ia a Coimbra, correu á cidade a recebel-os, a promover festas em sua honra e elle proprio pronunciou o discurso de recepção dos regios personagens. E, com vontade ou sem ella, restabeleceu, então, as suas relações com a côrte.
O conde Raimundo de Borgonha, marido de sua filha D. Urraca, foi por elle encarregado do governo da Galliza, incluindo n'esse territorio tudo o que corre desde o Minho até o Mondego, e depois até o Téjo: o que n'esse tempo ora se considerava como parte da Galliza, ora como um ou mais condados distinctos d'ella , constituindo no todo, talvez, a mais vasta provincia do reino de Leão e Castella.
Eſtauas linda Ines poſta em ſoſego De teus annos, colhendo doçe fructo, Naquelle engano da alma, ledo & cego, Que a fortuna não deixa durar muito, Nos ſaudoſos campos do Mondego, De teus fermoſos olhos nunca enxuto, Aos montes inſinando, & âs eruinhas O nome que no peito eſcripto tinhas.
Era mais um poeta que o norte do paiz mandava a esse Parnaso de Coimbra, onde, á falta d'uma Faculdade de Lettras, a doce paisagem, os melancholicos olivedos do Penedo da Saudade, o encanto do Mondego, com os seus pallidos renques de salgueiros, os seus laranjaes todos floridos e rescendentes nas noites de maio, com os seus orpheons de milhares de rouxinoes, com os seus luares de sonho que tudo espiritualisam, e, sobre isto, a tradição dos grandes poetas que, desde Camões e o bom Sá, por alli passaram, iniciavam as almas novas nas emoções do lyrismo, desde a graça bucolica do idylio ou da egloga á saudosa plangencia da elegia.
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