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Atualizado: 9 de julho de 2025
Com uma simples palavra, o rei faz detel-a. Sobe para ella, quer que sua prima suba. A dama de honor de Mercedes sobe tambem. Parece a todos um capricho de rei, um brinco de adolescente. Ah! mas não era só isso... D. Affonso, em pé, vigoroso e alegre, solta as bridas á parelha, faz estralejar o chicote. Parte a carroça n'uma carreira doida.
Dar o seu ultimo olhar a Affonso, a sua derradeira lagrima á Hespanha, a sua alma ao céo. Emquanto o amor e a morte se digladiavam n'um duello terrivel, sangrento, talvez Mercedes dissesse comsigo mesma: «Ha cinco mezes que ouvi nas ruas a um pobre trovador popular que me saudava: Vai, rainha, tão bella como a flôr, sua irmã pelas graças da formosura.
Hoje derramára no ar a sua alma de aroma, e passára. Porque não seria Mercedes como ella? Flor pela formosura, tambem vivera hontem, hontem principalmente, no templo, ao lado de Affonso, e aos pés de Deus. Essa grande commoção bem sentia a rainha que devia ter consumido uma parte da sua alma; porque as commoções são de fogo, queimam. Portanto, que lhe restava? Deixar-se aniquilar como a flôr.
E a doença de alma, a verdadeira, não cessa de minal-o: «Faz hoje anno e meio que deixou esta vida de lagrimas a minha querida Mercedes. Parece que foi hontem. Não ha esforços que consigam afastar o meu pensamento dessa hora terrivel. Não é o desespero dos primeiros tempos; mas é uma saudade, uma tristeza de que nem mesmo o trabalho consegue distrair-me.
Uma photographia de Mercedes, voltada para o leito, parecia chorar a sorte d'aquella noiva desventurosa, tão outra, tão demudada, que se não conhecia a si propria... Era aquelle o dia de S. João, o dia das trovas, dos risos, dos vaticinios amorosos. Esse raio de sol era, portanto, como que um pensamento de amor que penetrava a medo na camara de uma noiva moribunda.
N'essas horas de intimidade desapparecia a madame. «Ó Mercedes, tu tambem tens um primo da tua idade...» «Tenho». E córava, e sorria. Era o principe das Asturias. De repente apparecia a preceptora. Então as dissimuladas confidentes modificavam-se: Madame d'aqui; madame d'alli.
A princeza Maria de las Mercedes, filha do duque de Montpensier, Antonio de Orleans, e da infanta hespanhola Maria Luiza, irmã de Izabel II, realisava, pelo nascimento, uma seductora consubstanciação, o enlace de duas fascinações. Por seu pae, francesa, por sua mãe, hespanhola, ella reunia em si as duas nacionalidades que maior relevo dão aos encantos femininos.
Nunca deixei ver a ninguem os recantos intimos do meu coração.» Escreve-me de novo, em 25 de setembro, agradecendo o meu telegramma no primeiro anniversario do seu lucto. E continúa: «A 21, foi o primeiro anniversario da morte da minha querida Mercedes; a 24 o anniversario do nosso casamento em 1900; hoje, é o anniversario do enterro.
Cinco mil dollars. Que coragem! Ah, mas fui prática... apressou-se em aclarar com ladina expressão Maria Mercedes. A emprêsa que mo vendeu, segurou-me ao mesmo tempo a vida dêle em igual quantia, por dez anos. E já ela novamente, com amável atenção para o Silveira: E, diga-me, meu caro, há quanto tempo se encontra na Argentina? Há apenas dias. E que impressões tem?
Importava que a politica e o paiz se fossem habituando lentamente a vêr amar um rei. Era em verdade para receiar que a interposição de uma corôa fosse obstaculo insuperavel á ardente paixão dos dois primos. Portanto, o joven rei de Hespanha quiz tranquillisar o animo de Mercedes. Mas, como poder dizer-lh'o livremente, no meio da côrte a côrte, a eterna sombra dos reis?
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