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«Quanto ao governo de S. Jorge, capitania-mór das armadas da India e commenda de Villa Cova, é tudo isso um equivoco do author da Bibliotheca Lusitana, com o qual se bandeou a boa de escriptores de grande porte. O Bernardim Ribeiro, governador de S. Jorge da Mina, assistiu em 1526 ao cerco de Mazagão, d'onde sahiu abrasado d'uma explosão de polvora. O snr.

Sabendo o scherif Muley-Abdalá, rei de Marrocos, de Fez, de Terudante, de Suz, e de muitos reinos e provincias d'Africa, que a fortaleza de Mazagão estava mal provida de artilheria e munições de guerra, e guardada apenas por poucos arcabuseiros, determinou conquistal-a. Era nesse tempo Mazagão um ponto verdadeiramente importante.

Defensa de Mazagão Portugal, chegado ao fastigio do poder no reinado de D. Manuel, não podia escapar ás leis da humanidade e ás vicissitudes dos grandes imperios.

Catharina de Sousa, mandando as suas joias a D. João de Castro, diz-lhe que empenhará a sua propria filha, se tanto fôr necessario para o serviço da patria. D. Joanna de Avelar escreve á regente: «Senhora! Acabo de perder dois filhos: um que me ficou morto na guerra do Mazagão, outro na guerra da India. Resta-me este terceiro, o mais novo, ainda não soldado e que é o portador d'esta carta.

Ora, se nós que tinhamos tanto trabalho para nos sustentarmos na India, que fôramos obrigados a largar umas poucas de praças na Africa, que tinhamos precisado de um grande esforço para salvar Mazagão, cercada pelos mouros, nos mettiamos em grandes guerras com elles, aonde iria isto parar! Pois foi o que succedeu.

Desde então até que o poderoso ministro de el-rei D. José a cedeu por tractado aos marroquinos, foi sempre Mazagão o ponto a que se dirigiram as correrias, os acommettimentos, os asfaltos da flor das tropas muslemicas; mas o nome dos defensores que luctaram como heroes, e em frente de cuja firmeza expirou constantemente a furia dos adversarios, jazem ignorados ou esquecidos, porque a guerra que durante tres seculos sustentámos em Africa, theatro onde até mais tarde se patenteou nobre e desinteressado o esforço portuguez, não teve Barros nem Coutos que a escrevessem.

Onde está Arzilla, e Tanger, e Azamor, e Mazagão? Dentro d'aquelles muros, cujas pedras são ainda hoje insignes testemunhos do heroico valor de Portugal, resôa apenas o seu nome, envolto na penumbra da gloria e do terror. Onde está Malaca, em cujos padrões ainda vivem as façanhas de Affonso de Albuquerque? Onde Cochim, onde Meliapor, onde Bombaim?

E como não estremecer de mágoa e de orgulho a um tempo ao recordar essas paginas d'ouro em que a nossa historia se espelha, reproduzindo-nos a toda a hora, a todo o momento os feitos maravilhosos dos conquistadores de Ceuta, Tanger, Anafa, Mazagão, Azamor, Alcacer-Seguer, Tetuão e Azafa?

Para além de Ceuta e Tanger, ao poente do Spartel e a dois dias das costas de Portugal, o estão assim attestando, Arzilla, Alcacer e Azamor, todas sobre o fronteiro Atlantico, até Mazagão tão desastradamente votada ao abandono em 1763 pelo despotico governo do Marquez de Pombal, quando de preferencia desviava suas vistas para as colonias do Brasil, a troco de tão erroneo abandono d'aquella ultima reliquia da conquista na Mauritania, e padrão de que até alli se dilatára o territorio de Portugal.

Acampado o exercito a curta distancia de Mazagão, começaram os trabalhos do cerco, e com tal actividade e enthusiasmo, que em poucos dias se elevou defronte da fortaleza uma grossa trincheira, onde os mouros assentaram as baterias com grave damno dos cercados.

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