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Atualizado: 20 de maio de 2025


N'isto dois rapazinhos entraram no jardim. O mais velho trazia na mão uma faca comprida e afiada como a da pequerrucha, que tinha cortado as tulipas. Encaminharam-se para o malmequer, que não podia comprehender o que desejavam. «Podemos arrancar d'aqui um pedaço de relva para a cotovia, disse um dos rapazes, e começou a fazer um quadrado profundo

Se ellas podessem fallar, teriam dito coisas bem desagradaveis ao pobre malmequer. A florinha viu isto, e ficou triste. Passados alguns momentos, entrou no jardim uma rapariguita com uma grande faca afiada e brilhante, aproximou-se das tulipas, e cortou-as uma a uma. «Que desgraça! disse o malmequer suspirando; é horrivel; foram-se todas

As dalias inchavam-se para parecerem maiores do que as rosas; mas não é o tamanho que faz a rosa. As tulipas brilhavam pela belleza das suas côres, pavoneando-se pretenciosamente. Não se dignavam de lançar um olhar para o pequeno malmequer, emquanto que o pobresinho admirava-as, exclamando: «como são ricas e bonitas! A cotovia irá certamente visital-as.

O homem apeou-se, foi direito a elles, e, mostrando-lhes a sua perna aleijada, disse-lhes: «Se soubesseis que eu era coxo, não terieis sido tão covardesOs camponezes, envergonhados, córaram, afastando-se sem pronunciar uma palavra. Que vos parece estas duas lições? Estou convencido que aproveitaram a quem as recebeu. *O malmequer* Ouvi com attenção esta pequenina historia!

E emquanto a rapariguinha levava as tulipas, o malmequer alegrára-se por ser simplesmente uma pequenina flor no meio da herva. Apreciando reconhecido a bondade de Deus, cerrou ao cair da tarde as suas folhas, adormeceu, e sonhou toda a noite com o sol e com a cotovia.

Ponha-nos alguem degradados em terra extranha, entre mil arvores e arbustos exóticos da mais admiravel louçania; mostre-nos , emboscadinho na herva, o malmequer da nossa primeira adolescencia, a papoila retinta, que nos ria d'entre o verde da seára, quando meninos; a papoila e o malmequer muito mais nos hão-de conversar com o coração um minuto, que todas ess'outras flores mais soberbas em toda uma primavera.

«Arranca a flor, disse o outro.» A estas palavras o malmequer estremeceu de terror. Arrancarem-n'o era morrer; e nunca tinha abençoado tanto a existencia, como no momento em que esperava entrar com a relva na gaiola da cotovia. «Não; deixemol-a, disse o mais velho. Está ahi muito bemFoi por conseguinte poupado, e entrou na gaiola da cotovia.

Depois enterrou o bico na relva humida para se refrescar um pouco. Viu então o malmequer; fez-lhe um signal de cabeça amigavel, e disse-lhe, afagando-o: «Tambem tu, pobre florinha, morrerás aqui! Em vez do mundo inteiro, que eu tinha

Por isso poz-se a olhar com uma especie de respeito, mas sem inveja, para essa avesinha feliz que cantava e voava. «Eu vejo e oiço, pensou o malmequer; o sol aquece-me e o vento acaricia-me. Oh! não tenho rasão de me queixarDentro da sebe havia muitas flores altivas, aristocraticas; quanto menos aroma tinham, mais orgulhosas se aprumavam.

Cantava a alegria da liberdade, a belleza dos campos e as suas antigas viagens atravez do espaço illimitado. O pequenino malmequer tinha boa vontade de lhe acudir: mas como? Era difficil. A compaixão pelo pobre passarinho prisioneiro, fez-lhe esquecer inteiramente as bellezas que o cercavam, o doce calor do sol e a alvura resplandecente das suas proprias folhas.

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