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Atualizado: 12 de julho de 2025
Sim, ás contínuas súpplicas de Lysia, Como que o Fado a fronte desenruga; Brado, macio já, como que intenta Deferir-lhe propicio. Ah! e quanto, inda assim oppresso, enfermo, Quando me affronta, me assoberba Elmano! Seu Estro sempre o mesmo, sempre em chammas, Raios me vibra intensos.
Folga, Sciencia, e tu, Penuria, folga: Dado me he recrear-vos, ser-vos guia Ao Principe immortal, de quem reflectem Raios de luz para o Ministro excelso, Que o seu mór premio tem na Regia Gloria. Curvai-vos, e admirai o Heróe sublime, Que Lysia adora, e que adorára o Mundo, Se o Mundo todo merecesse olhallo.
Accolhe os versos meus, os meus louvores, Que o pêjo suffocou; mas cede o pêjo Á voz da Gratidão, que em mim resôa. A morte para o Sabio he gosto, he vida. Assim o grão Camões, de Lysia esmalte, E das grandes Nações portento, espanto, Na desgraça morreo, viveo na morte!
Quão proficuo aos mortaes he nauta ousado! Se tu, Lysia, tens gloria, ao nauta o deves, Que abrio primeiro do Oriente as portas: E teu nome immortal soou na Terra, Porque teu lenho undívago a cercára, Nas Ilhas do Oceano, e mares todos, Dos Lusos se conserva o nome, e a fama. Muito pôde o valor, pouco a sciencia No seculo inda rude, alheio ás artes!
A peste armada destruir teu povo A um seu leve aceno vôa logo: Estraga, fere, mata sanguinosa, Despiedada e crua. Despenhada no abysmo da ruina, Fugir pretendes aos accesos raios, Qual horrida phantasma, porém logo Desfallecida cahes. O açoute do Ceo lamenta, ó Lysia, Mas inda muito mais os teus errores Que provocar fizerão contra ti Contagião mortal.
Deixando influxos meus no casto alvergue, Onde Beneficencia e Paz convivem, Acompanhar-te quiz ao vasto Emporio De Lysia, do Universo, á Grão Cidade, Que espelha os Torreões no vitreo Téjo, Donde sagradas Leis despede ao Ganges.
Soffreo Lysia hum Tremor de terra horrendo, Seguio-se-lhe depois Traição ferina, Rebateo de hum Leão furia, e rapina, E pouco a pouco foi a fronte erguendo: Por morte do seu Rei ficou gemendo, E o Céo, por consolalla, lhe destina Soberana immortal quasi divina, Que em paz o Povo seu ficou regendo: Hum Monstro de ambição, e de vingança Surge do centro do sulfureo Averno, Perde a Europa o equilibrio da balança: Restaura Portugal seu bom Governo; Mas não vêr o seu Rei!.. Esta lembrança O põe banhado em pranto, e em luto eterno.
Olha: com sceptro de oiro impéro, ó Lysia; Franquêa o pensamento a meu systema, Despe imagens quiméricas e approva, Que a posse do Universo em ti remate. Sentimentos abominosos da Libertinagem, refutados vigorosamente pelo Genio da Nação. Genio.
Já, de Lysia cantando a Historia honrada, Sôas qual Grega Musa, ou qual Romana; Já, medrando nos Céos a força humana, Teu Metro creador faz Ente o Nada. Nove Deosas louçãas, tres Deosas nuas Te abrem thesoiros: cada qual te admira No verso graças mil, que fôrão suas. Assás luzio teu Estro: a mais aspira; E estranho não será que substituas A tuba de Marão de Flacco á Lyra.
No Olympo os Numes a harmonia prézão, Affeitos a escutar da terra os Vates. Oh como de prazer exulta o peito! E mano, Elmano vive, oh Ceos, oh dita! Por elle a gloria, e honra em Lysia abundão; Cisne do Téjo, que trespassa a méta, Licita a raros de adejar cançados. Fadem teus dias fortunosos lances.
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