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Atualizado: 16 de outubro de 2025


Ou foy caſtigo claro do peccado, De tirar Lianor a ſeu marido, E caſar ſe co ella de enleuado, Num falſo parecer mal entendido: Ou foy que o coração ſogeito, & dado Ao vicio vil, de quem ſe vio rendido, Molle ſe fez, & fraco, & bem parece Que hum baxo amor os fortes enfraquece.

E a segunda filha do Infante D. João houve nome D. Breatiz, esta casou o Infante D. Pedro com o Infante D. Fernando, irmão d'El-Rei D. Affonso, de que houveram por filhos, a sobre todas mui virtuosa a Rainha D. Lianor, mulher que foi d'El-Rei D. João o segundo d'estes reinos de Portugal, e El-Rei D. Manoel nosso Senhor, que por fallecimento d'outro legitimo herdeiro, directa e ligitimamente os sobcedeu.

6 "Podem-se pôr em longo esquecimento As cruezas mortais que Roma viu Feitas do feroz Mário e do cruento Sila, quando o contrário lhe fugiu. Por isso Lianor, que o sentimento Do morto Conde ao mundo descobriu, Faz contra Lusitânia vir Castela, Dizendo ser sua filha herdeira dela.

A Rainha D. Lianor era em Cintra, e por lhe parecer que o Infante D. Pedro tinha alli taes guardas e avisos em sua casa, que para seus negocios era quasi privada de sua liberdade, sendo para isto induzida dos que seguiam sua vontade, e principalmente do Priol do Crato D. Frei Nuno de Goes; determinou para com mais licença e mór segurança enviar e receber recados, assi de Portugal como de Castella, de se ir como foi para Almeirim, junto com Santarem.

Pelo qual logo El-rei começou publicamente declarar a irosa vontade e grande indinação que contra o Infante D. Pedro tinha, a que por aviamento de seus imigos tambem ajuntava o desterro e morte da Rainha D. Lianor, sua madre.

E segundo a universal opinião dos que n'este caso sãmente entenderam, se creu que segundo os Infantes eram amados em Castella, se não tomaram assi claramente o Infante D. Pedro por contrairo, e não se pozeram em mostranças de o guerrear e destruir, como mostraram, e o Infante não impedira seu poder, que seu valor e prosperidade d'elles não descahira em Castella como descahiu, nem a Rainha D. Lianor sua irmã, enganada de suas promessas e esperanças impossiveis, não acabara sua vida em desterro com tanta necessidade e tristeza, e tão individa a suas bondades e estado, como ao diante se dirá.

E não veiu em escripto; porque a Rainha D. Lianor sentindo que não podia fazer maior nojo, que em lhe estorvar este casamento, trabalhou com El-Rei e Rainha de Castella, e com El-Rei d'Aragão e de Napoles, e com El-Rei de Navarra, todos seus irmãos, que por algumas razões que sem muito fundamento allegaram, fizessem com o Papa que por alguma maneira não outorgasse a despensação para o dito casamento necessaria.

Tornou-se El-Rei a Evora, e na entrada do anno de mil e quatrocentos e cincoenta, houve cartas do Imperador d'Allemanha Frederico, que então se chamava Rei dos romãos, porque lhe prazia casar com a Infante D. Lianor sua irmã, segundo que fôra apontado e requerido por El-Rei D. Affonso Rei de Napoles e d'Aragão seu tio d'ella, sobre a qual cousa El-Rei veiu ter côrtes geraes em Santarem, em que foi acordado que o dito casamento se fizesse, para cujo dote o reino com pedidos satisfaria o que fosse razão e se concordassem.

Edifica o Convento desta Santa em Coimbra, e o dotou da sua fazenda, e nelle está sepultada. Tomou segunda vez Valença de Aragão aos Mouros. Acabou a vida feito Monge. Cazou com Dona Lianor filha delRei D. Affonso Nono de Castella, e foi separado pela Igreja deste matrimonio. Casa segunda vez com Dona Violante, filha de D. André Rei de Ungria de quem teve muitos filhos.

E como os procuradores do povo acabaram de ser respondidos a seus capitulos e requerimentos, se despediram. Como o Regente por meio do conde de Barcellos procurou de se concordar com a Rainha D. Lianor, e das cousas por que ella não quiz

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