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Atualizado: 5 de maio de 2025
Mas, quando surge a lua, a natureza anima-se. Desperta a viração nos antros perfumados das florestas, que exhalam vivissimos aromas. As fadas vem pentear as suas loiras tranças no espelho das fontes, cuja crystallina superficie palpita de prazer. Jorram torrentes de prata pela falda dos montes, scintillam diamantes na folhagem das arvores.
O poeta buscava consolação na poesia; era ella que o cercava de uma aureola de felicidade. Distraia-se cuidando do seu pequeno horto. Era a imaginação que o revestia, aquelle exiguo canteiro, ornado apenas de duas arvores, dez florinhas, uma laranjeira e uma roseira, onde casualmente cantavam os rouxinoes, e onde dois cantaros de agua formavam a fonte, que gemia e adormecia seus pesares. Contenta-se de pouco a natureza; elle não trocava este canto da terra nem pelo monte Hybla, nem pelo valle fertilissimo de Tempe, nem pelos jardins suspensos de Semiramis, como elle proprio confessa; porque a phantasia creadora reveste-o de todas as graças de um paraiso sonhado, mostra-lhe columnas brancas de marmore com inscripções gloriosas, fontes que jorram e se despenham em borbotões de perolas e aljofres, lagos profundos e limpidos sulcados por canôas que desfraldam as vélas como cysne voluptuoso que deslisa, rodeados de sombras amenas e encantadoras de arvores soberbas similhando os gigantes da terra, a vinha entrançada aos platanos, dourada pelo sol de agosto, bustos entre a ramagem espessa, satyros que se adormecem ao som da lympha fugitiva, nymphas travessas errando na relva macia, que tapeta o recinto...
Traguei indigestoens, arrotos d'alho, Bernardas na barriga supportei. Tomei chá de marcella... e, em premio d'isto. O teu auxilio, ó musa, não terei?! Dentro e fóra illuminado O palacio d'um barão, Fulgurante representa Um enorme lampião. Jorram lympidas vidraças Sobre as populosas praças Ondas tremulas de luzes. Vai lá dentro grande goso, Nesse alcaçar radioso Do barão dos Alcatruzes.
Sem jamais se cançar, percorre o espaço, E em borbotões lhe jorram do regaço As sementes innumeras da Dôr! Oh! como cresce sob a luz ardente A seara maldita! Como freme Sob os ventos da vida, e como geme N'um sussurro monotono e plangente! Não pode a revolta d'um coração ferido pelas injustiças sangrentas da vida exprimir-se com mais desesperada e mais apaixonada eloquencia!...
De que são feitos? de illusões, de dores, De miserias, de maguas, de agonias! O sol, inexoravel semeador, Sem jamais se cançar, percorre o espaço, E em borbotões lhe jorram do regaço As sementes innumeras da Dor! Oh! como cresce, sob a luz ardente, A seara maldita! como treme Sob os ventos da vida e como geme N'um susurro monotono e plangente!
Por ambas as vezes, que fui vêr estas deslumbrantes obras de arte, fiquei estasiado algumas horas, na contemplação d'ellas, e cada vez que as olhava novos encantos lhe achava; aqui eram os festões de flores que pareciam baloiçar ao sopro da aragem, pendentes das mãos torneadamente papudas dos deliciosos amores; mais em baixo, os golphinhos com as suas fauces escancaradas d'onde jorram torrentes d'agua que se espraiam pelo enconchado da base; de todos os lados, as nacaradas conchas encurvadas caprichosamente n'um anichamento sublime de preciosidades do fundo do mar, e contornando tudo isto n'uma justeza de fórma, n'um carocolar de serpente, d'um brunido admiravel, como que uma fita de seda que mãos delicadas de fadas se entretivessem a dispôr alli, como cercando aquella serie de deliciosas coisas.
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