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Atualizado: 11 de novembro de 2025
Entrou com uma senhora nova para uma carruagem... Havia de ser Jenny, a irmã... Ai, não; não era, não, senhora. Essa tinha saído com o pae, logo pela manhã, que m'o disse a snr.ª Joséfinha. Esta tal, que eu digo, chegou de fóra. Pelos modos... é das taes comediantes do theatro... que elle conhece. Comediantes?! disse Cecilia, não procurando já disfarçar a inquietação.
Ás vezes, á força de muito a contemplar, figurava-se-lhe que essas amadas feições se animavam, que um ligeiro movimento lhe corria nos labios, que um raio de vida fulgia, por instantes, nos olhos tão cheios de piedade e de tristeza. Que alegria para o coração da pobre Jenny!
Ora diga continuou Jenny não são prevenções sómente as que tem contra meu irmão? Sim... eu... quero dizer... a fallar a verdade... Pois bem; só lhe peço que, durante alguns dias, não pense bem nem mal de Carlos, até... até ter noticias minhas. Ó minha senhora, pois eu pensava lá... Vá, vá, snr.ª Antonia, para que Cecilia não desconfie. Não lhe diga cousa alguma, nem falle na tal senhora...
E entrou justamente quando já a campainha chamava para o jantar. Jenny, vendo-o chegar, e notando o ar grave que trazia, murmurou comsigo: Ainda é cêdo para o restabelecimento. Esperemos. O jantar correu, ao principio, silencioso, como de costume. Mr.
Até logo, Jenny dizia Mr. Richard, mas sem acabar de partir. Não sei o que me esquece! murmurou depois com manifesta perplexidade. Jenny correu os olhos pelo quarto. O lenço? perguntou, offerecendo-lhe um que vira sobre o toucador. Ah! o lenço, sim ... o lenço... Era evidente que não estava satisfeito ainda. Agora ... não me falta nada; adeus. Jenny julgou que d'esta vez sempre saíria.
Á uma hora voltavam para o carro e ás duas entrava elle, com grande surpreza e sobresalto de Cecilia, pela rua dos Inglezes, então em plena actividade commercial. A presença das duas amigas causou sensação na Praça. Todos conheciam Jenny; raros, se alguns, podiam dizer quem fosse Cecilia. Um inglez veio cumprimentar Jenny. Ella aproveitou a occasião para lhe apresentar Cecilia.
Jenny, que abraçava n'este momento Cecilia, ouvindo estas palavras, meneou a cabeça, e, entre risonha e melancolica, disse ao ouvido da sua amiga: Não é assim que eu desejo salvar-te. Pela primeira vez a tratava por tu. Emquanto se passava esta scena, Carlos de volta ao quarto engolfava-se em pensamentos profundos.
Sim, sim, poor thing; sim repetia muitas vezes, cingindo-a a cada momento mais a si. Ai, miss Jenny, miss Jenny! dizia a despenseira aterrada. Jenny fez-lhe signal com o dedo, a impôr-lhe silencio, ou a mandal-a saír.
Talvez um dia o procure, mas... Adeus, adeus. E voltou a casa. Jenny viu-o tão melancolico, que lhe disse: Charles, quando d'antes tinhas alguma cousa que te affligisse, confiavas-m'a. Por que já o não fazes agora? Jenny, concede-me algum tempo. Talvez, dentro em pouco, eu tenha muito que te dizer e muitos conselhos a pedir-te. Foi a resposta que obteve.
Jenny, lembre-se de mim e peça a Deus que me conceda a bondade de coração e a serenidade de espirito da menina, pois com este meu genio e cabeça, duvido da felicidade na vida. Adeus. Sua amiga, Cecilia». Ah! tambem ella! murmurou Jenny, ao terminar a leitura, e ficou mais pensativa do que antes, e uma pequena ruga desenhou-se-lhe na fronte.
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