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Atualizado: 11 de junho de 2025
Pois é verdade, mas... Elle fallou-me n'isso ha pouco. Ah! pois sempre fez o que disse?! Fez, sim, e fez bem. Achei que o rapaz tinha pensado maduramente no caso e dei-lhe a permissão que elle pediu. Era até o que eu tinha para dizer-lhe. Então, visto isso, de hoje em diante?... De hoje em diante, Jorge se entenderá comsigo. O frei Januario precisa de descançar tambem.
O fidalgo não respondeu e continuou com os olhos fitos em não sei que ponto do interior da quinta. Frei Januario desviou para alli a vista, a fim de elucidar-se na explicação do mysterio. Chegava n'este momento ao portão uma rapariga, singelamente vestida de branco, que correu ao encontro d'elles. Era Bertha. O meu padrinho! exclamava ella dirigindo-se ao fidalgo O snr. D. Luiz!
Frei Januario, mais respeitador dos foros da fidalguia do que o mais esmerilhado aristocrata, sentiu-se provocado a protestar contra aquellas doutrinas e a vir em auxilio do fidalgo com inesperado soccorro, que por certo o faria de novo entrar nas suas boas graças.
D. Luiz, tendo concluido a leitura da folha, pôl-a de lado e resumiu a serie de pensamentos que essa leitura lhe suggerira, na seguinte e contrahida synthese: Isto vae cada vez melhor, frei Januario. Isto vae bonito, não tem duvida nenhuma secundou o padre. O peior é o futuro tornou o fidalgo, assombrado. Ai, o futuro ha de ser fresco! repetiu o procurador, fungando uma pitada.
Acerrimo partidario do regimen absoluto, apesar de lhe não ser possivel enfeixar dois argumentos serios em defeza d'elle, o padre Januario passava a vida aproveitando os mais ridiculos ensejos para premissas dos seus corollarios anti-liberaes, artificio com que lisongeava as paixões do seu illustre amo e patrono, e mantinha n'elle o fogo sagrado.
A baroneza veio despedir-se do tio, que insistiu em querer ser o ultimo a sahir de casa. Jorge e Mauricio partiram em companhia de Gabriella. O fidalgo ficou só com frei Januario, que continuava a protestar por todas as fórmas contra a resolução da mudança de quartel a horas improprias. D. Luiz nem lhe respondia.
O padre entrou subitamente, cortejou Bertha com olhos desconfiados e avançou com passos vagarosos. Que é o que quer, frei Januario? perguntou D. Luiz desabridamente. O padre continuou a aproximar-se do leito e respondeu melifluamente: Os filhos de v. exc.ª, os snrs. D. Jorge e D. Mauricio, pedem licença para lhe fallarem. D. Luiz fez um movimento de impaciencia. Que me querem elles?
Frei Januario presenciava aquelles prodigios com espanto e despeito, murmurando dos gastos loucos, em que o rapaz se mettia. Muito havemos de rir a final dizia elle. Entradas de leão; agora as sahidas... Não communicava porém as suas reflexões ao fidalgo, porque tinha mêdo de Jorge.
O estado do doente no dia seguinte não era mais animador. O abatimento, em que tão de subito cahira, mostrava geitos de prolongar-se e por ventura de terminar por uma solução funesta. O padre mandou á pressa aviso a Jorge para que viesse aos Bacellos. A carta de frei Januario chegou ás mãos de Jorge juntamente com outras de mais felizes novas.
Posto isto, e como teu amigo que sou... teu amigo... sempre direi que commetteste um crime de lesa historia... eh! eh! lesa historia... pondo compota de pecego no festim de Januario de Mendanha... compota de pecego. E de chapéu alto para a nuca, as orelhas despegadas do craneo, o grande homem recordava um d'esses burros com mitra, arrancados ás festas dos doidos, nas cathedraes da Edade Média.
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