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Atualizado: 18 de julho de 2025
Comtudo fallava-se sempre no Rheno, e tratava-se de parar um pouco ao sul da Alsacia, depois do que se encaminhariam talvez para os lados do Lyão, onde Gella veria sua tia, respeitavel mulher que, em memoria de sua irmã, que morrera tão nova e tão desgraçada, gostava da pobre cigana e lhe queria bem.
Adalberto comprehendeu a bondade d'esta acção, e olhou amigavelmente para Tilly que não ousava dar palavra nem mexer-se. Mas Gella em tres passos chegou-se a seu mau irmão, arrancou-lhe bruscamente das mãos o espelho e foi pôl-o no seu logar.
Estas palavras pareciam não ter entre si ligação alguma, e, comtudo, Gella prestava-lhes uma idéa seria, que tinha o cuidado de esconder. Muitas vezes, quando se achava só com o captivo, pegava n'um pau e traçava grosseiramente no chão as letras, cujo modelo elle lhe fazia. Mas para que são sempre as mesmas palavras? perguntava o pequeno professor. Cala-te, meu mestre, respondia Gella rindo.
Emfim, é talvez servil-o separar-me de ti para sempre. Se tu me esquecerás quando fores feliz? Nunca, disse a criança, olhando para a pobre rapariga. Hei de fallar de Gella á mamã que tambem lhe ha de querer muito. Obrigado, meu pequeno, obrigado! ai! quando tu te fôres embora, meu Deus! meu Deus!...
Escuta, diz ella, eu trouxe uma escada de corda; vou atal-a ao varão de ferro e tu vais subir. Uma vez cá em cima eu te ajudarei a sahir. Ao mesmo tempo Gella punha em pratica o que dizia; e Adalberto via vagamente uma coisa que descia pela parede. Não se assustou muito d'este meio de salvação porque em Valneige mais de uma vez tinha feito esse exercicio gymnastico.
O prisioneiro viu bem que tudo estava acabado, que o crime estava consummado; que o tinham roubado! A velha furia, que parecia uma bruxa, era a sogra do homem do chapeu grande, a avó, não de Gella, a filha do amo, mas de seu irmão Karik, e o chamado Mentor de duas pobres crianças, Natchès e Tilly, um pequeno e uma pequena, cahidos como Adalberto nas mãos dos ladrões.
Á gargalhada seguiram-se graças de Karik e algumas boas palavras de Gella, que não desgostou de vêr Natchès em liberdade, apesar de não dar grande importancia a tudo aquillo. Uma palavra dita por Adalberto produziu o effeito mais singular. Tinha dito: «Deus a castigará.» Onde está o teu Deus? perguntou o homem do chapeu grande, dirigindo-se pela primeira vez a Adalberto.
Comprehendia que nenhuma das pessoas que o rodeavam conhecia a sua familia, que devia a sua liberdade aos bons corações que a Providencia tinha collocado no seu caminho, e que tudo tinha succedido fóra das provisões de Gella. Esta, ao contrario, não podia duvidar de que a desapparição do pequeno saltimbanco fosse o fructo das suas diligencias; e com effeito assim parecia, mas não era.
Oh! Providencia! A pobre rapariga ia d'ali a uma hora fazer a sua primeira communhão. A fidalga teve a felicidade de estar ali, á cabeceira do leito, como uma mãe; o querido pequeno ajoelhou, e Gella, esclarecida, purificada, conheceu emfim o Deus de Adalberto, o Deus de quem está escripto que ama as suas creaturas.
Estas lições mysteriosas eram quasi sempre um divertimento para o pobre pequeno Valneige. Em troca, Adalberto aprendia com Gella muitas coisas; era ella quem todos os dias lhe fazia estudar o que chamava os seus exercicios, quer dizer movimentos a compasso, saltos, curvas, passos de dança, tudo quanto póde tornar o corpo flexivel.
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