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Atualizado: 18 de julho de 2025
Sim, deveria ter-se fiado n'ella, e pode ser que ainda seja tempo? Grita, chama! Gella! Gella! Mas escutando, ouve gritar e repetir duas vezes: Gella! Gella!
Não se devia saber que sua mãe, disfarçada em camponeza o procurava nas feiras, e segundo as indicações d'alguem. Teria sido trahir o segredo de Gella e faltar á palavra d'honra pedida e dada; ora é impossivel faltar á sua palavra de honra sem se deshonrar.
Os seus dedos apalpando podiam já apanhar a escada de corda, quando começou entre elle e a filha do Saltimbanco, um dialogo que pintava a luta horrorosa, do espirito contra as aspirações da vida e da esperança. Menina Gella, se eu subir, vai levar-me para a casa do saltimbanco? Sim. Antes quero ficar. Mas, meu pobre pequeno, tu vais morrer de fome. Custa muito? Oh! se custa! muito!
Que boa que é, minha querida Gella! tornarei então a vêr meus paes? Sim, has de vêl-os, meu pequeno. Mas a Gella o que ha de fazer para não a matarem? Dizia... Eu não corro risco, do momento em que te levarem, quando me não estiveres confiado, no meio de muita gente, por exemplo n'um dia de representação.
Gella abriu os seus grandes olhos cheios de lagrimas, as mais amargas que se podem chorar n'este mundo, fitou-os nos olhos meigos do pequeno de Valneige e respondeu apenas: Acredito-te. A criança viu-a soffrer toda a noite. Lavou-lhe a cara magoada e os cabellos ensanguentados; não sabia o que havia de imaginar para lhe fazer bem, e dizia-lhe baixinho, muito baixinho: «Coragem! porque ha um céo!»
N'esse dia, á volta, e em quanto caminhava junto d'ella, disse-lhe a sua protectora: Olha, tomemos este atalho, d'onde se não vê a carruagem, e vamos-nos sentar um instante; tenho uma coisa para te dizer. O que é, minha boa Gella? Oh! grandes negocios; mas primeiro vais prometter-me não dizer palavra da nossa conversa. Ah! Gella, não tenha medo. Para que ha de desconfiar de mim?
Mette a cabeça, depois os braços, agarra com a mão uma barra de ferro que separa em duas a abertura, e volta-se com a destreza que dá sempre uma situação desesperada. N'este momento Gella com passo lento e cauteloso começa a andar de roda da casa deserta.
Ordinariamente era Gella que, com o cabaz no braço, ia comprar o pouco que era preciso, ou pelo menos o pouco que podiam arranjar; porque o Hercules comia e bebia nas tabernas que encontrava no caminho, empregando no serviço do seu vigoroso estomago uma boa parte do dinheiro que ganhava a companhia, e não deixando aos outros senão muito pouco.
Natureza honesta, teria sido superior, se lhe não faltasse toda a educação. Sem reflexão, sem nenhuns principios, conduzia-se honestamente temendo sobretudo a colera de seu pae, que a obediencia passiva conservava inoffensivo e silencioso. Era por isso que se não via Gella andar vadiando pelas ruas.
Como vêem, Adalberto, mesmo dormindo, tinha ainda esperança. Adalberto scismava se Gella tinha coração. No dia seguinte um ar frio e saudavel dava aos habitantes da Bohemia vigor e animação. Quando Adalberto acordou teve medo; depois, lembrando-se do que se tinha passado, pensou que este tempo de miseria não duraria muito, e que depressa sahiria d'aquella maldita casa.
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