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Atualizado: 18 de junho de 2025


Estas palavras, que Adalberto apanhava ao acaso e que Gella lhe repetia de boa vontade, davam coragem ao prisioneiro, e, guardando para si o seu segredo, fazia tenção de aproveitar ávidamente a primeira occasião favoravel. Depois que passaram o Rheno, o rapazinho respirou um pouco mais livremente; não duvidava da sua proxima liberdade, e tardava-lhe saber onde primeiro parariam.

Immediatamente duas grandes bofetadas estalaram sobre a face do prisioneiro, que pela força da pancada, perdeu o equilibrio e foi rolar aos pés de Gella, que lhe disse em voz baixa: Aqui nunca se deve dizer que não, meu pequeno. Quando fallava baixo, a rapariga tinha a voz sympathica.

Como lhe queria muito pela bondade que ella lhe dedicava, teria querido vêl-a sempre occupada com trabalhos de costura ou da casa, em vez de servir assim de divertimento ao populacho grosseiro, que não a respeitava. O pequeno notava e com prazer, que, se acontecia Gella ter tido o que chamavam um triumpho, não parecia mais feliz por isso.

O que notaram sobretudo foi o sobresalto do pequeno á primeira vez que ouviu dar horas na pendula da sala, cujo som elle reconheceu. Quando Sophia, acompanhada pelos seus amos, o fez descer á adêga, Adalberto olhou para todos os lados com tristeza e fixou a vista na fresta, o que o fez contar a historia da estrella e tudo quanto podia dizer a respeito de Gella.

Eis uma padaria; entram, compram dois grandes pães, de que se encarregam Natchès e Tilly; depois passa-se para a salchicharia, e Gella manda metter no cesto coisas baratas; é sempre a condição das suas compras, porque não conhece a abundancia. D'ali é preciso ir buscar carvão.

O filho do senhor de Valneige achou-se muito feliz por poder comer os sobejos d'uma pobre dançarina de feira. De mais, este pão não era o pão da miseria, era o pão da amizade. Quando chegaram ao campo, Gella viu que as pernas de Adalberto fraquejavam.

Com receio de se achar envolvido n'esta ignobil scena foi sentar-se sem dizer palavra n'um velho banco, perto da porta, e Gella, que começava a ser boa para todos, esforçou-se por apaziguar seu pae e por afastar a velha Praxedes, que se regalava em o irritar com os seus ditos.

O pequeno deu prova d'uma grande prudencia, e aquelles que o rodeavam pensaram que um sentimento generoso, sem ser promessa alguma, fazia a familia de Valneige perdoar, por amor de Gella, tão boa rapariga e tanto para lamentar como filha d'um salteador. Como se póde imaginar, aquelles sentimentos generosos, dos quaes não conheciam o verdadeiro motivo, causaram um certo espanto.

Que desgraça que foi a minha desobediencia! Tudo quanto me tem succedido, foi por minha culpa; merecia ser castigado; mas se soubessem como eu tenho sido infeliz! Gella era muito boa, e eu gosto muito d'ella. Meu querido papá, veja que lhe não façam mal, e que lhe não prendam o pae.

Quanto aos outros dois, foram mansos como cordeiros, e promptamente cumpriram o que mandou Praxedes; mas o pequeno de Valneige notou, que nem a velha nem Gella disseram como Rosinha sempre dizia: Vamos, meus meninos, ponham-se de joelhos e digam a sua reza. Não, pensou elle, ninguem aqui reza a Nosso Senhor; é sem duvida porque o não conhecem.

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