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Verás girar seus bailes rebatidos em redor das estridulas fogueiras; ouvirás os seus canticos em coro devoto e namorado; a bomba foge, zune fugindo, e solapada estoira; o buscapé no ar caracolando morde n'um, morde n'outro, ameaça a todos, dispersa os grupos, gasta-se raivando, e entre os risos rebenta atroando os ares; aqui, circula em vertice perenne a roda leve espadanando incendios, chovendo oiro luzente e estrellas alvas; ali, floreia o fulgido valverde, vulcão sonoro que arremette ás nuvens; vôa, remonta impaciente aos astros o ignívomo foguete estrepitoso. ¡E a musica entretanto! ¡e as doces falas! ¡e os segredos d'amor! ¡e a prece occulta! e essa mão dada a furto, e a furto acceita! ¡e esse olhar falador! ¡e essas virtudes da meia noite em ponto! e a flôr crestada! ¡e as sortes que a fortuna extrai ás vezes, e muitas mais a próvida malicia! ¡e a fonte que amanhece entre descantes, e pasma rindo de se ver c'roada de festões verdes e enlaçadas flores!... ¡Que noite! ¡que prazeres! ¡que triumphos te aguardam no porvir, me estão na mente!

Creou-a a desgraça humana, construiu-a do lodo das ruas e d'abjecção. Mas a dôr vem e purifica: é como o fogo que torna um galho apodrecido, atirado ao lume, num ramo do oiro mais fulgido. Magra, alta, luziam-lhe os olhos d'um brilho estranho. Riem-se os soldados, batem-lhe os ladrões e ella não ri como outr'ora. Se a fazem soffrer, a Mouca chora.

Chorando amargamente o seu velho paiz, E não vendo da gloria o fulgido matiz Engrinaldar emfim o nosso lar sagrado, Deixava-se outra vez morrer abandonado Batido de vergonha, extatico, infeliz!

O patriarcha, recolhido em pensamento, olhava, e, como se voltasse para o lado do oriente obscuro, viu um como fulgido alfange chammejando na treva. Tremeu e, fitando o olhar na estranha apparição, notou que avançava no ceu vagarosamente.

Tem jus as niveas formas do teu corpo Ao flácido velludo, á fina seda, Primor da industria humana que arremeda As petalas da flôr! Rainha! traja mantos d'ouro e purpura, A doce perl'a, o fulgido brilhante, E tudo quanto esplendido levante Na Terra o teu amor!

Quedava-se o cabôclo, a cada instante, longo tempo a rever na face inexpressiva da creancinha as feições d'um ente estremecido, para sempre entregue á dissolvencia definitiva, no sombreado cemiterio da villa. O seu affecto fazia ricochete na muralha da morte e volvia inflorado de carinhos, fúlgido de enternecidas esperanças, a formar a aureola transcendente que exalçava o futuro da creancinha.

Mira a victoria Nos amados pendoens, que inflamma tanta gloria, E o coração trasborda, e rompe o verbo, e diz: III «Eis-me. Cheguei. Mais fúlgido Meu astro se alevanta: No coração do Tártaro Encosto o ferro e a planta. Eis-me. O leão da Córsega Emfim vos empolgou, Ó capital das cúpulas, Ó torres de Moskow! Eu sou o Ajax authentico, A authentica epopéa, Aurora apoz crepusculo, Espada feita idea.

Oh, no silencio, Eu pequenino verme irei sentar-me Aos pés da Cruz nas trévas do meu nada. Assim se apaga a lampada nocturna Ao despontar do sol o alvor primeiro: Por entre a escuridão deu claridade; Mas do dia ao nascer, que rutíla, As torrentes de luz vertendo ao longe, Da lampada o clarão sumiu-se, inutil, Nesse fulgido mar, que inunda a terra.

Fechado para sempre o ferreo cyclo Da guerra universal, obscuro berço Do velho mundo barbaro, inda immerso Nas lendas dos heroes: Compete a Ti, Mulher, filha dilecta De Deus, c'roar na Terra a grande obra, Que em fulgido progresso se desdobra, Á clara luz dos soes!...

Oh, no silencio, Eu pequenino verme irei sentar-me Aos pés da Cruz, nas trévas do meu nada. Assim se apaga a lampada nocturna Ao despontar do sol o alvor primeiro: Por entre a escuridão deu claridade, Mas do dia ao nascer, que rutila, As torrentes de luz vertendo ao longe, Da lampada o clarão sumiu-se inutil Nesse fulgido mar, que inunda a terra. Lisboa 1829.

Palavra Do Dia

rivington

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