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Uma família cursi! sentenceou Jorge com enfado. E a prima, seguindo árdidamente o seu implacável relatório, acrescentava, que sempre se confirmavam as escapadas furtivas da mulher do Santelmo Martinez

Por tôda a parte havia câmbios cerimoniosos de cartões de visita, ou efusivos apertos de mão, amáveis oferecimentos, beijos, abraços, risos, tristezas, miradas saùdosas, lágrimas furtivas.

Sentaram-se um ao lado do outro, começaram a brincar, umas pancadinhas furtivas, d'uma graça infantil a que ella fazia uma moue de ingenua, muito adoravel, de pequenina gata. E depois enroscando-lhe o pescoço com um grande impeto d'amor agradecido: Ainda me parece um sonho, Alberto.

Assim elle verá a gaguez de D. Pedro, a surdez de Mousinho, a cabeça felina de D. João II; o peito constellado de Saldanha, a face quadrada de Rodrigo, o eterno charuto de Palmella; os habitos, as doenças, as idiosyncrasias mais furtivas apparecem daguerreotypadas por uma imaginação e estampadas n'uma prosa que tem a complexidade e a velocidade das operações vitaes.

Os olhos d'Annita, uns vagos olhos negros, d'uma doçura quebrada, moveram-se como que a acceder áquelle offerecimento e depois baixaram-se, mudamente, deixando rolar umas lagrimas furtivas. A tia Magdalena reparou: Tu por que choras, rapariga!

Tinha na mão um volume aberto, estava de , e julgando-se fugia-lhe a vista com o pensamento das paginas mortas do livro para as paginas vivas das ultimas semanas da existencia. Duas lagrimas furtivas, e a magoada expressão do rosto, revelavam, que, se o corpo convalescia da molestia, a alma traspassada de occultos espinhos ainda continuava enferma.

Era aquelle um sentir-se resvalar para o tumulo, dia a dia, um despedir-se lentamente das suas affeições, dos seus romances que resumiam horas de enlevo e melancolia, e do seu ultimo livro, especialmente do seu ultimo livro, folha, que, ao voar do recinto da familia para a officina typographica, fôra talvez rociada pelas lagrimas furtivas d'um presentimento pungente.

Levantou-se, principiou a ler; era «Agulha em palheiro» de Camillo Castello Branco; interessava-se muito por aquelle sympathico filho do sapateiro, o heroe do romance, e sentiu deslisar umas lagrimas furtivas ao ver a formosa Paulina, uma doce creação do romancista, tão soffredora e tão amante. Tocaram a campainha.