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Atualizado: 27 de junho de 2025
Desde a perda da nossa independencia, a mulher portugueza passa por transições bruscas, que a sacodem e instabilisam, sem os necessarios estadios, fazendo-a uma complicação sem termo e dando-lhe ainda uma nova feição com a vinda dos francezes. Nessa convulsão a sua liberdade espraia-se; marca-se o periodo da casquilha e do bandarra, dos pisa-flôres e dos janotas. O amor perturba-a e não ha ter-lhe mão. Estonteada pelas fardas chamarradas e pelo aprumo viril, entrega-se nos braços dos officiaes franceses. Vive-se um pouco a vida de Paris, não a vida leve e vaporosa do tempo da Brichota, mas a do Imperio com todos os seus desvairos. Salva-a num movimento decidido, pulso forte, que refreia a corrida á rédea solta. O vintismo corrige a depravação. A mulher volta ao lar, faz-se dona de casa; a educação domestica reveste-se de gravidade; prega-se a virtude. Em auxilio d'este esforço entram o romantismo francez e o inglez. Chateaubriand exalta a mãe e exclama: «Aleitar os filhos é a maior belleza!» E então as mulheres vão para os bailes levando os filhos ao colo e dão-lhes de mamar deante de toda a gente.
Assim, no fim do seculo XV ha verdadeiramente um ponto de intersecção na vida da monarchia: a actividade que ella estava habituada a empregar nos seus rijos combates com a aristocracia, e em buscar a alliança da democracia para a fazer suicidar ao passo que d'ella se ajudava para vencer o privilegio; essa actividade, digo, espraia-se nos descobrimentos e conquistas, porque não tem já objecto nas fórmulas sociaes: n'estas a sua acção benefica cessa porque está completa, e principia a sua acção deleteria; no logar da ordem põe a servidão; em vez do repouso da paz produz a quietação do temor; á moralidade substitue a corrupção dos costumes.
Vae por ahi fóra, direitinha ao templo, a grande rua principal, bordada de arvores varias, lageada; pelos lados espraia-se o labyrintho das passagens, por entre os alinhamentos das barracas, das tendas, das quitandas, armadas de improviso, estiradas pelo chão; e é, á luz frouxa das lampadas, a exposição phantastica das côres, chispando em disparates como n'um campo immenso de kaleidoscopo, correspondendo ás mil industrias que se estendem... Roupas, perfumarias, livrinhos, bocetas, charões, porcellanas, cachimbos, ferramentas, utensilios domesticos, bolos, brinquedos, flores, plantas, tudo: a industria inteira do Japão, se condensa, coalha em museu.
Falando d'ella, diz Paulo de Saint Victor: «Oh! bemdito seja o camponez grego, cuja enxada exhumou a deusa enterrada ha dois mil annos em uma leiva de trigo!... Graças a elle, a idéa do Bello ascendeu mais um gráu sublime, o mundo plastico encontrou a sua Rainha!... A belleza ondula d'essa cabeça divina e espraia-se em todo o corpo como uma luz!... Só a lingua de Homero e de Sophocles seria digna de celebrar tão regia Venus!
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