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Amanheceu hoje um bello dia, puro e sublime. Dorme nas cavernas do padre Eolo aquelle vento sêcco e duro, flagello dos estios portuguezes. Suspira no ar uma viração branda e suave que regenera e vida. Mal impregado dia para o passar a ver ruinas!

Tu ſo de todos quantos queima Apolo, Nos recebes em paz do Mar profundo Em ti, dos ventos horridos de Eolo, Refugio achamos bom, fido, & jocundo. Em quanto apacentar o largo Polo, As Eſtrellas, & o Sol der lume ao Mundo, Onde quer que eu viuer, com fama & gloria, Viuirão teus louuores em memoria.

Esperava o mancebo, Com a profunda dor que n'alma sente, Hum dia em que ja Phebo Começava a mostrar-se ao mundo ardente, Soltando as tranças d'ouro, Em que Clicie d'amor faz seu thesouro. Era no mez que Apolo Entre os irmãos celestes passa o tempo: O vento enfreia Eolo, Para que o deleitoso passatempo Seja quieto e mudo; Que a tudo Amor obriga, e vence tudo.

15 "Assim passando aquelas regiões Por onde duas vezes passa Apolo, Dois invernos fazendo e dois verões, Enquanto corre dum ao outro Pólo, Por calmas, por tormentas e opressões, Que sempre f az no mar o irado Eolo, Vimos as Ursas, apesar de Juno, Banharem-se nas águas de Netuno.

Amanheceu hoje um bello dia, puro e sublime. Dorme nas cavernas do padre Eolo aquelle vento sêcco e duro, flagello dos estios portuguezes. Suspira no ar uma viração branda e suave que regenera e vida. Mal impregado dia para o passar a ver ruinas!

Soltava Eolo a redea e liberdade Ao manso Favonio brandamente, E eu a tinha ja sôlta á saudade. Neptuno tinha pôsto o seu tridente; A proa a branca escuma dividia, Com a gente maritima contente. O côro das Nereidas nos seguia; Os ventos, namorada Galatêa Comsigo socegados os movia. Das argenteas conchinhas Panopêa Andava por o mar fazendo mólhos, Melanto, Dinamene, com Ligea.

E todos acocorados, arrumando e desarrumando, n'uma confusão burlesca, maldiziam o mar e apostrophavam o vento. Neptuno e Eolo nunca receberam tantas manifestações desairosas. Pois não! Ninguem tem suas cousas para vel-as de um dia para outro arruinadas, inutilisadas pelos caprichos incoerciveis do mar e do vento.

onde mais debaixo está do polo, Os montes Hyperboreos apparecem, E aquelles onde sempre sopra Eolo, E co'o nome dos ventos se enobrecem; Aqui tão pouca força tem de Apollo Os raios, que no mundo resplandecem, Que a neve está continuo pelos montes, Gelado o mar, geladas sempre as fontes. A esta descripção geral da Europa segue-se a especial dos seus paizes.

35 A ira com que súbito alterado O coração dos Deuses foi num ponto, Não sofreu mais conselho bem cuidado, Nem dilação, nem outro algum desconto. Ao grande Eolo mandam recado Da parte de Netuno, que sem conto Solte as fúrias dos ventos repugnantes, Que não haja no mar mais navegantes.

8 " onde mais debaixo está do Pólo, Os montes Hiperbóreos aparecem, E aqueles onde sempre sopra Eolo, E co'o nome, dos sopros se enobrecem. Aqui tão pouca força tem de Apolo Os raios que no mundo resplandecem, Que a neve está contido pelos montes, Gelado o mar, geladas sempre as fontes.

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