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Dera-se um forte motivo para a recusa teimosa de Elisa. Quando ao despedir-se do negociante, subia para a casa da regente, entregaram-lhe no caminho um bahú e uma chave. Elisa entendeu que eram os seus vestidos, que a attribulada amiga lhe mandava. Abriu o bahú para tirar um chaile, e viu tudo espedaçado.

O urro, que a cadeira gemeu debaixo d'esta avalanche de carne, acordou os eccos da estalagem. Maria Elisa, essa, pallida e confusa na surpreza do crime surprendido, aproximou-se de seu marido, e murmurou com meiguice: Que tem?... Que tenho?... perguntas-me o que tenho? Sim!... pois que fiz eu?! O que me fizeste?! Sim!... o que lhe fiz?! O que lhe fiz?! diz ella.

O resultado, porém, foi uma constipação despresada, uma tosse continuada, febre, e, na primavera seguinte, foi julgada no principio d'uma phtysica. O arcediago resolveu levar sua filha a ares para uma sua quinta de Ramalde, e alcançou licença a Maria Elisa para acompanhar a sua amiga.

Rosa melhorou apenas se viu em boa harmonia com seu pae, livre do pavoroso negociante, senhora da sua vontade, rindo e brincando com a sua amiga, amimada pelas duas criadas que o arcediago lhe dera, e decorando cada vez melhor o romance predilecto de Maria Elisa.

Perseguida, cansada de fingir, exhausta de pretextos, Elisa disse á sua companheira de dous annos: Eu amo-te muito, minha querida amiga.

O que lhe pesava não era a infidelidade; era o ultraje, que lhe fizeram a ella, escarnecendo um traste de sua casa, uma cousa que a sociedade chamava o «seu marido»! Eu, se fosse mulher, seria isto, pouco mais ou menos, e levaria o meu nobre resentimento ao extremo de abominar o vaidoso amante que estabelecesse termos de comparação com meu marido. A situação de Maria Elisa era muito especial.

N'uma d'aquellas resoluções, que occorreu durante a menoridade do rei Pygmalião, foi assassinado o regente do estado e teve que expatriar-se sua viuva Elisa, que com os seus partidarios foi para a Africa, onde fundou a cidade de Carthago. Esta Elisa é a rainha que figura com o nome de Dido na Eneida de Virgilio.

Disseram-me que essas paginas perdidas continham cousas bonitas, pensamentos que não pareciam de mulher, energia de phrase, conhecimento do coração, e toque real d'uma verdadeira dôr. O que não viram n'ellas as pessoas, que me informaram, foi o nome de Fernandes. Parece que a imagem d'este homem fôra para sempre banida das saudades de Maria Elisa.

«Elisa parece que recuou aterrada da expressão da minha physionomia... Fez-me não sei que perguntas... não me lembro mesmo se aquella mulher permaneceu diante de mim... Basta!... não posso prolongar esta situação... «Na tarde d'esse mesmo dia, chamei uma creada da hospedaria.

Com as lagrimas nos olhos, e sua filha nos braços, revelou-lhe que uma grande desgraça o obrigava a sahir da patria. Mandou-a entrar outra vez no recolhimento. Estabeleceu uma pensão a Maria Elisa.

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