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Elisa sorriu-se, e o noivo atalhou: Creancices... tudo tem o seu logar.

Elisa era bella, e Carlos era d'uma sensibilidade extremosa. Nem elle sabia decidir-se entre aquellas duas mulheres. A mascarada poderia ser, mas a outra era um anjo de sympathia e formosura. O espirito gosta do mysterio que esconde o bello; mas decide-se pela belleza real, sem mysterio.

Olha, Rosa, não contes a ninguem que foste namorada d'esse pazbobis dizia Elisa, passeando na cêrca com o braço botado por sobre o hombro da sua amiga. Eu tenho ouvido contar muita historia ás raparigas que vem obrigadas para aqui. Umas são fidalgas que quizeram casar com homens ordinarios, e outras são raparigas como eu com quem os fidalgos não querem casar.

Ha pouco ainda, teve vergonha de declarar á sua amiga que sua mãe existia, e vinha pedir-lhe uma esmola; e agora é ella que sente a dura precisão de revelar a Elisa todo o seu segredo. Elisa ouviu-a, e reprehendeu-a da inconfidencia, que a não lisongeava nada. Depois, aconselhou-a que desse uma mesada a essa pobre mulher, se a não queria receber em casa na qualidade de mãe.

O senhor Antonio dera um pulo, como um tigre, da cadeira para o meio da sala, e tomava fôlego para chamar a estalajadeira, quando Elisa, atordoada da surpreza, mas não de todo, correu a elle, embaraçando-o do vergonhoso proposito. Não chame... que é uma vergonha...

Ouviste, no theatro, Elisa. Foi ella a que disse que seu marido a abandonára, chamando-lhe Laura. Aquella está punida... Ainda eu era feliz, quando o infame amante d'essa mulher me dava aquelle annel, que viste, como oblação de sacrificio que me fazia d'uma rival... «Escreve-me. «Has-de ouvir-me no proximo carnaval.

Eu, a fallar-lhe a verdade continuou o snr. Antonio, persuadido que o silencio de Elisa era o natural pudor dos dezesete annos a fallar-lhe a verdade, pela terceira vez que a vejo, não desgosto da sua pessoa.

Justiça lhe seja feita: D. Rosa era rival do senhor Antonio. Como estas cousas são, não me importa a mim sabel-o. Ha no coração de duas mulheres muito amigas puerilidades assim, segundo me consta. Maria Elisa pensou na aventura toda a noite.

Este outro dominó, que tu não conheces, é um cavalheiro: não temas a menor imprudencia. Não me martyrises! disse Elisa. Eu sou infeliz de mais, para ser flagellada com a tua vingança... Tu és Henriqueta, não és? Que te importa a ti saber quem eu sou?!... Importa muito... Sei que és desgraçada!... Não sabia que vivias no Porto; mas palpitou-me o coração que eras tu, apenas me chamaste Laura.

Foi uma miseria que ainda hoje me envergonha, supposto que esta vergonha devesse ser um reflexo das faces d'elle... Vasco amava a filha do visconde do Prado, a Laura d'alguns mezes antes, porque a Elisa d'hoje era a herdeira de não sei quantos centos de contos de reis. «Devo envergonhar-me de ter amado este homem, nao é verdade, Carlos?

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