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Atualizado: 5 de julho de 2025


E quando emfim eu chóro, pensando nessas magoas oiço a voz sublime d'aquellas grandes agoas Que querem vir chorar commigo e conversar. Historia é uma d'elle, esta que vou contar; Ouvi-a em alta noite escura de janeiro E p'ra m'a vir contar, o Mar chorou primeiro.

Porem, de noute no silencio fundo, a lagrima impassivel fixa, dura, recordava-lhe os prantos que no mundo fizera derramar a sua usura. E n'um estar immovel e profundo, como um espectro d'uma sina escura, todos choravam, n'este pesadello, inconsolaveis lagrimas de gelo!

Quando na râma ulúlam ventaneiras, E a chuva tamboríla nas vidráças, Passeia, em noite escura, plas ladeiras, Profetisando trágicas desgráças... Vagueia pelo campo, a horas-mortas, E a adormece nas encruzilhádas, Quando os sapos, de negras pernas tortas, Rastêjam pelas rosas orvalhadas...

A fronte encostada á mão, os olhos fitos nos pontos illuminados da perspectiva, e o pensamento... ai, quem sabe porque melancolicas paragens andava o pensamento do pobre velho?! Passadas magnificencias, festas, alegrias e triumphos de tempos mais felizes, memorias de vida n'esta habitação hoje silenciosa, e por toda a parte, e sempre, a pallida imagem da filha morta, o enlevo de toda a sua vida, que ao desapparecer lh'a deixou escura e desencantada... que outras podiam ser as visões presentes áquelle espirito sombrio?

Nas trevas da noite escura, Nem ao menos uma estrella, Brilhava serena e bella! E eu caminhava em delirio Sem força para acabar A vida que era um martyrio! A tão profunda amargura Quem me podia arrancar, Quem, senão um teu olhar? , nas sombras do horisonte, Despontou por fim a luz, A mesma que em tua fronte Bella e placida reluz.

Mas n'um impeto de sublime orgulho, um impeto sobrehumano, em que cresceu como outra escura torre entre as torres da Honra, Tructesindo arrancára a espada: Com esta, covarde! com esta! Para que seja puro, não vil como o teu, o ferro que atravessar o coração de meu filho!

De repente dois homens trazendo uma cadeirinha, e precedidos de um pregoeiro, atravessaram a multidão. Era a marqueza de Tavora que chegava. Tinha a corda no pescoço e um crucifixo na mão. Uma capa escura a envolvia e algumas fitas brancas lhe fluctuavam na cabeça.

Quasi secca pela estiagem, a agoa escura mal corria, sob as folhas largas dos nenufares, por entre os juncaes que a atulhavam. Adiante, á orla d'um hervaçal, no abrigo d'uma moita d'alamos, relusiam as pedras d'um lavadouro. Na outra margem, dentro d'um velho bote encalhado, um rapazito, uma rapariguinha conversavam profundamente, com dous molhos d'alfazema esquecidos nos regaços.

Como é lindo o bosque verde, Que as verdes margens sombrêa! Como a fonte d'Ignez soluça ao longe! Parece inda chorar-lhe a morte escura, Osculando na pedra eternas manchas Do sangue espadanado Como os cedros a côma baloiçando Inda vergam de dor, inda meditam No caso triste de memoria digno, Que desenterra os mortos!

Gente escura de tanto sol, crestada de tanta chuva, Limpa de olhos de tanta imensidade diante dêles, Audaz de rosto de tantos ventos que lhes bateram a valer!

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