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Atualizado: 21 de julho de 2025
A distancia, era grande, o caminho completamente deserto; puzeram-se a conversar com aquelle abandono que nasce de repente das situações extremas. Bem me parecia a mim, que tu estavas n'aquella adêga. Porque não me respondeste tu hontem quando eu te chamei? Julgavas-me então muito má? Não sabia o que havia de pensar; quando batiam em Natchès, não dizias nada.
E mudando subitamente de tom, disse para Augusto: Com que dizias tu que não sabes porque algumas plantas vivem de pouca luz e de pouco ar, ahi em qualquer buraco do muro?
Sempre te disse que não trocava a minha felicidade pela tua, se por ventura viesses a ser meu cunhado, o que jámais pude acreditar, e se queres que seja sincero comtigo, nunca me pude aperceber d'essa paixão, que tu dizias ter-lhe inspirado, apezar de m'a estares querendo metter pelos olhos. E que tencionas fazer? ajuntou elle mudando de tom. Que tenciono fazer!
Hoje, do mundo só te acceito a ti. Cabe na minha humildade o maior rancor. Dizias que vestia animo de lobo em pelle de ovelha. Pouco me importa hoje que me descubram o animo. Odeio quasi toda a gente; e, sobretudo, o odiava a elle que, recebendo-te corpo e alma, te vexava e me vexava, tratando-me como um farrapo. Como era immundo! Cala-te! Vae! Quem te permittiu a entrada?
Uma hora depois, Roque da Cunha, affeito a dormir em conjuncturas analogas, admirava-se de não ter ainda adormecido: e Domingos Leite Pereira, entrando em sua caza com todas as precauções para não ser ouvido, fechou-se no seu quarto, abriu a janella para sentir na fronte esbrazeada o frio da noute, vagou a vista errante pelo ceu estrellado; e, chorando como nunca chorára, disse entre si: Porque sahi eu da tua sombra, meu pobre pai, que a estas horas dormes serenamente no regaço da honra!... Bem me dizias tu, minha sancta mãe, que eu fazia mal em deixar a caza, onde nunca chorara alguem até á hora da minha partida... para este inferno em que estou penando!
Eu cá poucas vergonhas de portas a dentro não as quero. Tens razão; mas isso do filho é cousa muito natural... Ah! é verdade; isto do filho acho eu que é cousa muita natural; mas dizias tu que á Rosinha... Viria para a tua companhia, e aos treze annos, ou mais cedo, com licença do bispo, casas com ella...
Que modos são esses de andar a escutar a gente? Pois sim, sim; mas deixa-me vêr os versos. Não são versos. Quem lhe disse que eram versos? Pois não ouvi? Que era isso de tyranno e de Egypto, que dizias? Que ha de ser? disse a final Ermelinda, dando-lhe o papel. São os versos do auto dos Reis. Sabe agora? Do auto dos Reis? Ai, sim; está a chegar o dia! Mas que tens tu com o auto dos Reis?
Também eu ia após da tua aspiração, ou adiante d'ella, porque o maior quinhão dos teus prazeres de espirito queria eu que fosse meu. Era criança ha tres annos, Simão, e já entendia os teus anhelos de gloria, e imaginava-os realisados como obra minha, se me tu dizias, como disseste muitas vezes, que não serias nada sem o estimulo do meu amor. Ó Simão, de que ceu tão lindo cahimos!
Anselmo debruçou-se sôbre o lagar, farejou o môsto, teve um sorriso feliz de proprietário favorecido, e chamando o caseiro: Ó Jose, o vinhito êste ano parece-me bom, hein? Parece que sim, meu padrinho... Era afilhado. A uvazita fundiu... dizias que não. Houve mais que eu sei lá! Pois sim, mas... Não concluiu, não explicou o que queria dizer na sua.
Vou entendendo agora, e admiro a minha ignorancia de ha pouco... Ora diz, meu amigo, falla, que me encontras em hora de ouvir tudo... Mas olha, Luiz... Esta noite não te recorda aquella primeira noite, no mar, quando me dizias: é mentira approximarem-se os entes que o destino talhou para se unirem: quando se encontram já a desgraça os traz desfigurados; vêem-se e não se conhecem; fallam-se e não se comprehendem... Era uma noite assim formosa como esta... Se então nos não comprehendemos, Luiz, hoje comprehenderemo-nos melhor?...
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