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Atualizado: 30 de junho de 2025
Nós, que procuramos seguir o caminho de Deschanel, não podemos acreditar que seja a terra a prophecia da historia, mas firmemente cremos que todo o homem tem muito do seu paiz como a flôr tem muito do sitio onde desabrochou. E depois o homem, como notou Lamartine é planta até certa idade, e a alma tem as raizes no solo, no ar e no céo que lhe formaram os sentidos.
Modifica Emilio Deschanel: «O que é verdade, é que um pequeno numero de pessoas, maiores de trinta e cinco annos, goza um estado de saude completa; quasi todas soffrem mais ou menos, quer notoria quer secretamente, com mais razão, os homens de letras e os artistas, cujo estado nervoso hereditario e innato está sobreexcitado incessantemente.
Temos visto como Emilio Deschanel desenvolveu galhardamente a these de Buffon, O estylo é o homem, encarregando-se de demonstrar que o seculo, o clima, o solo, a raça, o sexo, a idade, o temperamento, o caracter, a profissão, a hereditariedade physica e moral, a saude, o regimen e os costumes, tudo isso se espelha na superficie ora limpida ora revolta do estylo.
Procuremos nós n'esta linguagem facil do folhetim, nortear a penna, a despeito de Paulo Janet, segundo o rumo dos trabalhos de critica natural de Emilio Deschanel. Não podemos aventurar-nos, como elle, á vasta amplidão das aguas. Navegaremos terra a terra, modestamente, velejando ao sabor da phantasia.
Esboçando na tela do folhetim alguns perfis historicos, tivemos sempre em vista a noção de temperamento, ou antes, e melhor, o dualismo de Platão, que definiu o homem na expressão «d'uma alma que se serve d'um corpo», e porque, segundo uma expressão feliz de Emilio Deschanel, para conhecer o fructo é preciso conhecer a arvore.
Mas se soubessem conservar o equilibrio entre o espirito e o corpo, iriam peor as cousas, e o seu talento d'elles perderia? Não, de certo! Pelo contrario, só tinha a ganhar.» Estas ultimas palavras d'Emilio Deschanel parece deixarem brecha aberta á contestação, se acreditarmos que elle se propõe refutar completamente a these do doutor Moreau. Não.
Termino esta serie de folhetins com o nome festejado d'um distincto folhetinista. Assim devia ser; é sobre o pedestal que se colloca a estatua. N'estes rapidos estudos humoristicos, que ahi ficam, procurei fazer em Portugal o que fez Emilio Deschanel em França, com uma unica differença que elle o fez muito melhor e mais detidamente. Elle me serviu de modelo e incentivo.
Mais que nunca se me figura opportuna a occasião para trazer em minha defeza as palavras de Deschanel: «Paradoxo! dirão uns. Banalidade! clamarão outros. Que se entendam uns com os outros até chegarem a um accordo. Que importa que uma cousa seja velha, se é verdadeira?
Era um escriptor modelado pela definição em que Emilio Deschanel procura daguerreotypar o artista: «Temperamento rico, sensibilidade ardente, imaginação fecunda, ao serviço d'um coração generoso, d'um bom senso delicado e d'uma razão elevada.»
Os extremos são por via de regra viciosos, e, n'esta questão especialmente, afigura-se-nos que o meio termo é sobremodo aceitavel. Por tal razão propendemos para as modificações sensatas de Emilio Deschanel. Não se estabelece uma lei fatal, não nos referimos á totalidade absoluta; falla-se do maior numero, o que é incontestavel, como demonstra a longa experiencia dos factos.
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