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Atualizado: 13 de junho de 2025
"Viram impendere vero nemo tenetur" replicou Gil d'Ocem "ou, como quem o dissesse por linguagem, ninguém é obrigado a deixar-se matar por amor da verdade ou de seu preito. Vós fazei o que vos aprouver." Á auctoridade de um texto latino trazido assim a ponto por um tão insigne doutor, não havia resistir. Os fidalgos e conselheiros approvaram quasi unanimente o alvitre de Diogo Lopes.
"Mas," atalhou o doutor Gil d'Ocem, que por mui letrado e prudente era ouvido como oraculo pelos cortezãos "o caso é grave: o povo se nos vir retirar enviar-se-ha a nós: se lhes dizemos o motivo da nossa partida é capaz de desconcertos maiores que os já commettidos." "Sua senhoria não devêra ter-nos emprasado para este auto, se a sua intenção era não dar resposta aos populares."
"Mas quem ha-de falar em nosso nome? perguntou Gil d'Ocem. "No vosso, mestre Gil das Leis! interrompeu o conde de Barcellos. Nem o receio das affrontas do alguns milhares de sandeus, nem o da propria morte me obrigaria a cuspir maldicções sobre o nome daquelle a quem uma vez jurei preito e leal menagem."
Fazei isso com tento; e lembrae-vos de que elle é um antigo cavalleiro, que militou com vosso mui esforçado pae." O pagem saíu a cumprir o mandado d'elrei. "Dizeis vós proseguiu este, dirigindo-se a João das Regras e a Martim d'Ocem que talvez Affonso Domingues se enganasse em suppôr que era possivel fazer uma abobada tão pouco erguida, como é a que elle traçou para o capitulo.
Calisto Eloy de Silos e Benevides de Barbuda queria que se venerasse o passado, a moral antiga como o monumento antigo, as leis de João das Regras e Martim d'Ocem, como o mosteiro da Batalha, as ordenações manuelinas como o convento dos Jeronymos. O mal que d'aqui surdia ao genero humano, a fallar verdade, era nenhum.
A reflexão de Gil d'Ocem estava em todas as cabeças, e por isso os cortezãos ficaram outra vez em silencio, como buscando um expediente para sair daquelle difficultoso passo: a incerteza, o despeito, o receio pintava-se nos rostos demudados de muitos.
Além destes, outros individuos ahi estavam, que as pessoas lidas nas chronicas deste reino tambem conhecerão: taes eram os doutores João das Regras e Martim d'Ocem do conselho d'elrei, cavalleiros mui graves e auctorisados, e afóra elles mais alguns fidalgos, que D. João I particularmente estimava. Atraz da cadeira d'elrei um pagem esperava, em pé, as ordens de seu real senhor.
Depois disso, diz que perdêra o tino, e de nada mais se recorda." "Nem dos exorcismos? perguntou em meia voz Martim d'Ocem, com um sorriso malicioso. "Nem dos exorcismos: retrucou Fr. Lourenço no mesmo tom, mas subindo-lhe ao rosto a vermelhidão da colera. A proposito, doutor. Dizem-me que Annequim é morto , e que elrei proveu o cargo em um dos de seu conselho.
Lá estão os sepulchros de Gil e de Martim d'Ocem, cuja voz exprimia a summa razão e a summa sciencia nos conselhos dos reis; lá alveja o jazigo do infante D. Affonso, filho de Affonso IV, e o de Fernando Sanches, a quem Fr. Luiz de Sousa chama bastardo querido de D. Dinis. Por ahi dormem muitos pobres frades, cuja vida obscura, mas cuja morte foi invejada.
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